terça-feira, 30 de agosto de 2011

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

MÊS DE JULHO 2011

Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções em Projetos & Estudos
Chefe de Desenvolvimento Rural da PMA e Gestor do DRS Banco do Brasil
Marcos José Ferreira – Economista – Secretário de Desenvolvimento da PMA


Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin (CBA/Alvin
Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de julho de 2011, o custo médio da CBA Alvin registrou em R$ 402,00, registrando queda de -1,97% em relação ao mês anterior e a quarta queda consecutiva. Entre os seis estabelecimentos pesquisados, foram registrados os seguintes custos, R$ 408,41, R$ 400,85, R$ 402,61, R$ 403,37, R$ 408,95 e R$ 387,84, que variaram em 1,59%, -0,29%, 0,15%, 0,34%, 1,73% e -3,52% em relação ao custo médio da CBA Alvin (R$ 402,00). Necessitando portanto por parte do consumidor, pesquisar antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos.
Entre os seis estabelecimentos, os grupos Alimentares registraram os seguintes custos, R$ 353,31, R$ 351,25, R$ 352,97, R$ 347,00, R$ 360,83 e R$ 338,29, apresentaram variação de 0,77%, 0,18%, 0,67%, -1,03%, 2,91% e -3,51% em relação ao seu custo médio (R$ 350,61) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 68,34, R$, 70,43, R$ 63,93, R$ 78,72, R$ 73,25 e R$ 64,25, registraram variação de -2,12%, 0,88%, -8,44%, 12,75%, 4,90% e -7,97% em relação ao seu custo médio (R$ 69,82) respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 163,32, R$ 157,68, R$ 163,78, R$ 142,13, R$ 160,18 e R$ 149,81 registraram variação de 4,59%, 0,98%, 4,89%, -8,98%, 2,58% e -4,06% em relação ao seu custo médio (R$ 156,15) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 121,65, R$ 123,13, R$ 125,26, R$ 126,15, R$ 127,40 e R$ 124,23, registraram variação de -2,40%, -1,21%, 0,50%, 1,21%, 2,22% e -0,33% em relação ao seu custo médio (R$ 124,64) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 32,40, R$ 28,82, R$ 29,58, R$ 33,99, R$ 27,76 e R$ 27,19, apresentaram variação de 8,16%, -3,79%, -1,26%, 13,46%, -7,33% e -9,24% em relação ao seu custo médio (R$ 29,96) respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 22,70, R$ 20,78, R$ 20,06, R$ 22,38, R$ 20,36 e R$ 22,36, apresentaram variação de 5,88%, -3,08%, -6,44, 4,38%, -5,04% e 4,29% em relação ao seu custo médio (R$ 21,44) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresentou grandes variações foi mesmo o de produtos em In natura, isto pode ocorrer pelo fato de estarem sujeitos a mudanças climáticas e a mudanças de estações, dificuldades para estocagem em período de alta produção, ser produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização e consumo dos produtos.
No mês de julho de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 80,17% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 402,00, restando lhe apenas R$ 99,40 para o pagamento de suas outras despesas básicas, necessitando de uma maior complementação de renda.
Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho relativo de seu poder de compra. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de julho de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%, enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 32,11%. Observa-se que em abril de 2005, custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 402,00) de julho de 2011 registrou valor -19,82% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40). Registra-se ainda, que durante os meses de abril, maio, junho e julho de 2011, quando os custos da CBA Alvin estavam em R$ 421,07, R$ 415,57, R$ 410,08 e R$ 402,00, este diferencial registrou-se em -16,02%, -17,12%, -18,21% e -19,82% abaixo do salário mínimo respectivamente, demonstrando assim um relativo aumento de poder de compra do salário mínimo liquido recebido pelo trabalhador alvinopolitano.
*Valor após dedução de 8% da Previdência Social sobre o Salário mínimo.

Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).
No mês de maio de 2011foram registrados os seguintes preços do leite In natura pago ao produtor pelos Laticínios Itambé (R$ 0,75 preço mínimo e R$ 0,95 preço com inclusão do preço por parâmetro de qualidade), Porto Alegre (R$ 0,76) e Chapada (R$ 0,88), variando em 7,14%, 11,76%, 8,57% e 14,29% respectivamente quando comparados com anterior. O preço pago ao produtor pela Itambé, por melhoramentos na qualidade do leite, registrou em R$ 0,17, permanecendo estável em relação ao anterior, entretanto, não foi possível fazer a analise dos meses de junho e julho por algumas dificuldades, mas sempre que possível estaremos apresentando estes preços.
No mês de julho o preço do carvão vegetal produzido por reflorestamento vendido para as Siderúrgicas tem permanecido relativamente estável quando comparado com mês anterior, registrando um valor médio de R$ 112,50 o metro cúbico, enquanto que durante o mês de junho seu preço médio ficou em R$ 117,50, registrando uma queda de -4,26%, lembrando que estes preços são determinados pelas principais indústrias siderúrgicas da região do Médio Piracicaba e que em outras regiões estes preços sofrem outras variações . O preço da madeira em In natura para queima registrou-se relativamente estável, em torno de R$ 40,00 o metro estério e o preço médio do Eucalipto tratado e vendido para uso em fabricação e manutenção de cercas, registrou-se preço médio de R$ 5,70.
Já os preços dos principais insumos agrícolas vendidos ao produtor rural registraram as seguintes variações que merecem destaque: Cloreto de potássio, que registrou aumento de 20,61% e o preço do milho e farelo de soja que registraram quedas de -10,08% e -8,89% respectivamente.
Portanto, merece sempre lembrar que é de grande importância para o produtor buscar sempre meios para qualificação profissional e com isso elevar o nível de agregação de valor aos seus produtos. Possibilitando-o melhorar a qualidade de seus produtos, controlar sua produção e equilibrar melhor os preços de seus produtos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dilma Vana Rousseff


Nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. É filha do imigrante búlgaro Pétar Russév (que mudou o nome para Pedro Rousseff quando emigrou para o Brasil) e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Friburgo (RJ). O casal teve três filhos: Igor, Dilma e Zana.

A filha do meio iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa Senhora de Sion, de classe média alta, e cursou o Ensino Médio no Colégio Estadual Central, centro da efervescência estudantil da capital mineira.

Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações de esquerda clandestinas de combate ao regime militar, como a organização Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Às vésperas do golpe militar, em 1964, entra para faculdade de economia na Universidade Federal de Minas Gerais. Aos 19 anos, casa-se com o companheiro de militância Claudio Galeno Linhares, união que terminou pouco depois devido à distância imposta pelas atividades políticas.

Em 1969, conhece o advogado e militante gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. Casam-se e juntos sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos presa, entre 1970 e 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista. Lá, é torturada por agentes da Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente, do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Livre da prisão, muda-se para Porto Alegre em 1973. Retoma os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul após fazer novo vestibular, já que a Universidade Federal de Minas Gerais havia jubilado e anulado os créditos de alunos que militaram em organizações de esquerda. Nessa mesma época, Carlos Araújo é libertado e retoma a advocacia.

Em 1975, Dilma começa a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte dá à luz a filha do casal, Paula Rousseff Araújo.

Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de abertura política comandada pelos militares ainda no poder. Com o marido, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Rio Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito da capital gaúcha, Alceu Collares, escolhe Dilma para ocupar o cargo de Secretária da Fazenda.

Com a volta da democracia ao Brasil, Dilma, então diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto em 1989, ano da primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, Dilma vai às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

No início da década de 1990, retorna à Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul como presidente da instituição. Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, torna-se Secretária Estadual de Minas, Energia e Comunicação.

Em 1994, após 25 anos de casamento, Dilma e Carlos Araújo se divorciam. Em 1998, inicia o curso de doutorado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na campanha sucessória do governo gaúcho, não chega a defender sua tese. A aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma ocupa, mais uma vez, a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, filia-se ao PT.

O trabalho realizado no governo gaúcho chamou a atenção de Luiz Inácio Lula da Silva. O Rio Grande do Sul foi uma das poucas unidades da federação que não sofreram com o racionamento de energia a partir de 2001.

Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, torna-se ministra de Minas e Energia.

Entre 2003 e 2005, comanda uma profunda reformulação no setor com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Além disso, preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos.

Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o trabalho de todo ministério em 2005. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo (grupo que se reúne mensalmente para avaliar a liberação de recursos para obras).

Em abril de 2009, Dilma dá início ao tratamento de um câncer linfático, que é completamente eliminado em setembro do mesmo ano. A doença estava em estágio inicial e foi combatida com tratamento de quimioterapia.

Em março de 2010, Dilma e Lula lançam o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do programa. No dia 03 de abril do mesmo ano, Dilma deixa o Governo Federal para poder se candidatar à Presidência. No dia 13 de junho, o PT oficializa a candidatura da ex-ministra.

No segundo turno das eleições, realizado em 31 de outubro de 2010, aos 63 anos de idade, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher presidente da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de votos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

Mês de Maio de 2011
Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções Empresariais & Projetos e
Chefe de Desenvolvimento Rural Indústria e Comércio da Prefeitura M. de Alvinópolis
Marcos J. Ferreira – Economista Secretário de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis

Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin - CBA/Alvin

Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de maio de 2011, o custo médio da CBA Alvin foi de R$ 415,57, apresentando queda de -1,30% em relação ao mês anterior que foi de R$ 421,07. Registrando em 7 estabelecimentos os seguintes custos, R$ 421,70, R$ 417,96, R$ 408,98, R$ 435,26, R$ 403,51, R$ 424,35 e R$ 397,26, variando entre 1,47%, 0,57%, -1,59%, 4,74%, -2,90%, 2,11% e -4,41% em relação ao custo médio da CBA Alvin.
Entre os sete estabelecimentos, os grupos Alimentares que registraram os seguintes custos, R$ 364,35, R$ 369,20, R$ 357,62, R$ 381,27, R$ 356,17, R$ 368,76 e R$ 344,28, apresentaram variação de 0,35%, 1,68%, -1,51%, 5,01%, -1,91%, 1,56% e -5,18% em relação ao seu custo médio (R$ 363,09) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 74,06, R$, 70,34, R$ 66,85, R$ 79,13, R$ 67,25, R$ 86,79 e R$ 79,21, registraram variação de -0,99%, -5,97%, -10,64, 5,78%, -10,10%, -16,02% e 5,89% em relação ao seu custo médio (R$ 74,80), respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 162,52, R$ 175,42, R$ 168,18, R$ 176,18, R$ 169,98, R$ 154,45 e R$ 144,88, registraram variação de -1,21%, 6,63%, 2,23%, 7,09%, 3,32%, -6,12% e -11,94% em relação ao seu custo médio (R$ 164,52) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 127,77, R$ 123,44, R$ 122,59, R$ 125,96, R$ 118,94, R$ 127,52 e R$ 120,19, registraram variação de 3,23%, -0,27%, -0,96%, 1,77%, -3,90%, 3,03% e -2,89% em relação ao seu custo médio (R$ 123,77) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 35,70, R$ 28,56, R$ 31,66, R$ 32,71, R$ 27,76, R$ 33,47 e R$ 32,43, apresentaram variação de 12,42%, -10,06%, -0,30%, 3,01%, -12,58%, 5,40% e 2,12% em relação ao seu custo médio (R$ 31,76), respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 21,65, R$ 20,20, R$ 19,70, R$ 21,28, R$ 19,58, R$ 22,12 e R$ 20,55, apresentaram variação de 4,46%, -2,54%, -4,95, 2,67%, -5,53%, 6,73% e -0,85% em relação ao seu custo médio (R$ 20,73) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresenta grandes variações é o de produtos em In natura, isto pode ocorrer na maioria das vezes pelo fato de estarem sujeitos a fortes condições climáticas, serem produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização dos produtos.
No mês de maio de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 82,88% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 415,57, restando lhe apenas R$ 85,83 para o pagamento de suas outras despesas básicas. Necessitando de uma maior complementação de renda e pesquisar bem antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos. Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho de poder aquisitivo em relação ao salário mínimo liquido. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de maio de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%. Enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 38,37%. Observa-se também, que em abril de 2005 o custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 415,57) de maio de 2011 registrou valor 17,12% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40) e no mês de abril de 2011 ficou em 16,02% abaixo do salário mínimo liquido.


Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).
No mês de maio de 2011foram registrados os seguintes preços do leite In natura pago ao produtor pelos Laticínios Itambé, Porto Alegre e Chapada: R$ 0,75, R$ 0,95, R$ 0,76 e R$ 0,88, variando em 7,14%, 11,76%, 8,57% e 14,29% quando comparados com mês anterior. O preço pago ao produtor pela Itambé, por melhoramentos na qualidade do leite, registrou em R$ 0,17, permanecendo estável em relação ao mês anterior.
No mês de maio o preço do carvão vegetal produzido por reflorestamento vendido para as Siderúrgicas tem permanecido relativamente estável quando comparado com mês anterior, registrando um valor médio de R$ 115,00 o metro cúbico. O preço da madeira em In natura para queima registrou-se relativamente estável, em torno de R$ 40,00 e o preço médio do Eucalipto tratado e vendido para uso em fabricação e manutenção de cercas, registrou-se em torno de R$ 6,10, com aumento de 17,21% em relação ao mês anterior.
Já os preços dos principais insumos agrícolas vendidos ao produtor rural registraram pequenas variações, merecendo destaque o preço do Cloreto de potássio que registrou aumento de 20,61% e o preço do milho e farelo de soja que registraram quedas de -10,08% e -8,89% respectivamente.
Portanto, merece sempre lembrar que é de grande importância para o produtor a busca por qualificação e com isso elevar o nível de agregação de valor aos seus produtos. Possibilitando-o controlar e equilibrar melhor os preços de seus produtos.

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

MÊS DE ABRIL 2011
Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções Empresariais & Projetos e
Chefe de Desenvolvimento Rural Indústria e Comércio da Prefeitura M. de Alvinópolis
Marcos J. Ferreira – Economista Secretário de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis

Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin (CBA/Alvin)


Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de abril de 2011, o custo médio da CBA Alvin foi de R$ 421,07, registrando em cinco estabelecimentos os seguintes custos, R$ 418,97, R$ 420,58, R$ 422,04, R$ 436,06 e R$ 407,68, que variaram em -0,50%, -0,12%, 0,23%, 3,56% e -3,18% em relação ao custo médio da CBA Alvin.
Entre os cinco estabelecimentos, os grupos Alimentares que registraram os seguintes custos, R$ 364,29, R$ 371,92, R$ 371,10, R$ 382,47 e R$ 360,30, apresentaram variação de -1,55%, 0,51%, 0,29%, 3,37% e -2,63% em relação ao seu custo médio (R$ 370,02) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 73,43, R$, 81,28, R$ 81,11, R$ 86,95 e R$ 72,51, registraram variação de -7,12%, 2,81%, 2,60%, 9,99% e -8,28% em relação ao seu custo médio (R$ 79,06) respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 165,89, R$ 168,48, R$ 165,68, R$ 167,33 e R$ 162,48, registraram variação de -0,05%, 1,51%, -0,18%, 0,82% e -2,10% em relação ao seu custo médio (R$ 165,97) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 124,97, R$ 122,16, R$ 124,31, R$ 128,19 e R$ 125,31, registraram variação de -0,01%, -2,26%, -054%, 2,56% e 0,26% em relação ao seu custo médio (R$ 124,99) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 30,21, R$ 28,18, R$ 31,34, R$ 32,31 e R$ 27,76, apresentaram variação de 0,85%, -6%, 4,62%, 7,86% e -7,33% em relação ao seu custo médio (R$ 29,96) respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 24,47, R$ 20,50, R$ 129,60, R$ 21,28 e R$ 19,62, apresentaram variação de 16%, -2,82%, -7,08, 0,88% e -6,99% em relação ao seu custo médio (R$ 21,09) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresentou grandes variações foi mesmo o de produtos em In natura, isto pode ocorrer na maioria das vezes pelo fato de estarem sujeitos a fortes condições climáticas, serem produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização e consumo dos produtos.
No mês de abril de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 83,99% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 421,07, restando lhe apenas R$ 80,33 para o pagamento de suas outras despesas básicas. Necessitando de uma maior complementação de renda e pesquisar bem antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos.
Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho de poder aquisitivo. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de abril de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%. Enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 38,37%. Observa-se também, que em abril de 2005, custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 421,07) de abril de 2011 registrou valor 16,02% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40).


Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Projeto Barriga Cheia

O Projeto Barriga Cheia tem como objetivo a troca de lixo reciclável por alimentos para a população. O Projeto é uma iniciativa da Prefeitura Municipal e da Associação dos Agricultores Familiares de Guapé com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), integrado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - uma das ações do Fome Zero, do Governo Federal. A distribuição de alimentos atende creches, escolas e instituições filantrópicas de dez municípios da região com uma mobilização que ajuda a população a combater a fome, preservar o meio ambiente e diminuir a desigualdade social.
Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes, doces entre outros, pela horta comunitária do programa e também é servido o almoço que pode ser consumido com o vale.
Na horta do projeto são colhidos por mês cerca de vinte toneladas de verduras e legumes destinados ao programa. O volume de alimentos é tão grande que, além de Guapé, o Barriga Cheia atende outras dez cidades, com doações para asilos, creches, escolas e instituições filantrópicas.
O vale alimento virou moeda de troca na cidade. Farmácias, supermercados e outros estabelecimentos aceitam o benefício como se fosse dinheiro.
O projeto também oferece oportunidade de emprego na horta comunitária, com jornadas de trabalho de três dias por semana.
O projeto é uma referência de programa social e a cidade recebe visita de representantes e prefeitos de diversas cidades do estado para “importar” a idéia.

Reginaldo Lopes conhece “Barriga Cheia” em Guapé

O deputado federal Reginaldo Lopes esteve em Guapé no dia 8 de junho de 2009. O objetivo foi apresentar, a outras cidades, o programa social Barriga Cheia, implantado pela Prefeitura Municipal.
O projeto Barriga Cheia é uma parceria da Prefeitura de Guapé com a Associação dos Agricultores e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), integrado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - uma das ações do Fome Zero do Governo Federal. Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento, que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes e até doces produzidos pelos agricultores do município e pela horta comunitária do programa.
Na horta do projeto são colhidas, por mês, cerca de 20 toneladas de verduras e legumes destinados ao programa. O volume de alimentos está tão grande que, além de Guapé, o Barriga Cheia já está atendendo outras 10 cidades, com doações para asilos, creches, escolas e instituições filantrópicas.
Somente no ano passado, o Barriga Cheia recebeu recursos da ordem de R$ 2,5 milhões. O programa está ajudando a população a combater a fome, preservar o meio ambiente e diminuir a desigualdade social. Qualquer pessoa pode participar do projeto. João Francisco, mais conhecido em Guapé como “Goiabinha”, já tem no Barriga Cheia a principal fonte de sustento. “Todos os dias, pela manhã, saio para procurar o lixo. Eu encho o carrinho com garrafas plásticas, papelão, sucata; tudo é dinheiro. Dá para tirar 600 reais por mês. Hoje eu tenho casa e condição de viver”, conta.

Horta comunitária
O coordenador da horta, Jaime Denivaldo, explica que a horta comunitária abrange 10 hectares e a plantação gera emprego e alimento fresco para a população. “Aqui nós plantamos quatro mil mudas por semana. Nós colhemos e lavamos muito rápido para que os alimentos cheguem frescos. Sai caminhão daqui para muitos lugares, inclusive para Belo Horizonte. Tem muito trabalho. Por isso empregamos muita gente. Hoje todos estão sendo beneficiados. Desempregados, donas de casa, albergados, ex-presidiários, todos que precisam trabalham aqui”, exalta Jaime.
O projeto, também, oferece oportunidade de emprego na horta comunitária, com jornadas de trabalho de três dias por semana. “Eu ganho 25 reais, em vale, por dia de trabalho. Eu economizo e o melhor de tudo foi que ganhei um emprego. Foi ótimo esse projeto”, comemora a dona-de-casa Geni Bonifácio.

Agricultores
“A Conab doa o dinheiro e nós compramos tudo que se produz na roça e fazemos a doação. A Prefeitura ajuda com funcionários e o espaço”, explica o presidente da Associação dos Agricultores, João Paulo Soares Ribeiro.
Para o agricultor Daniel Alves de Oliveira, o projeto foi excelente para a classe. “Nós plantamos e vendemos direto para o Armazém Popular. Recebo cerca de R$ 2 mil por mês. Se todas as cidades tivessem esse programa, seria uma boa”, garante.

O exemplo
O projeto já é uma referência de programa social e toda semana Guapé recebe visita de representantes e prefeitos de diversas cidades do Estado querendo “importar” a ideia. “Nosso interesse é levar esta experiência e trazer outras pra cá. Temos visitas diárias de gente de todo o canto. Agora, como presidente da Alago, teremos mais acesso para levar e implantar na região”, afirmou o prefeito de Guapé, Nelson Alves.

O comércio
O vale alimento virou moeda de troca na cidade. Farmácias, supermercados e outros estabelecimentos aceitam o benefício como se fosse dinheiro. O projeto foi a melhor iniciativa que o comerciante Jorge Pio pôde presenciar nos últimos anos. “Nós trocamos lixo por alimento e com qualidade. Este programa tem que expandir. O Brasil todo tem que realizar este projeto”, comentou.
“Em Guapé, só passa fome e não tem trabalho quem quer. As pessoas trabalham na horta, trabalham recolhendo lixo. Adquirem vale e vão às lojas, às farmácias e trocam. Os comerciantes da cidade recebem o vale, porque eles preferem os alimentos do programa. O prefeito está de parabéns”, elogia a comerciante Clemilda Lima Soares.

Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento, que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes

Várias pessoas fizeram questão de conhecer o projeto

A hora é agora!

Fortalecer a UNE, a juventude e o povo


Manifesto da Juventude do PT ao 51º Congresso da UNE AO 51º Congresso da UNE tem a tarefa de preparar a
UNE e o movimento estudantil (ME) para a luta por uma universidade popular e democrática, o
enfretamento à crise mundial do capitalismo e a disputa política e ideológica das eleições 2010.

Vivemos um momento decisivo para impedir qualquer possibilidade de retorno desastroso dos Demo-
Tucanos, representantes dos setores conservadores e monopolistas responsáveis pelo sucateamento da
universidade pública brasileira e por abrir as portas para exploração da educação no mercado. É preciso
lutar por um terceiro mandato para o PT e o campo democrático popular buscando aprofundar as
transformações em curso rumo à superação do neoliberalismo e do capitalismo para construir uma
sociedade socialista.

Se há dez anos atrás, durante o Governo FHC,fazíamos um movimento de resistência, hoje o Governo
Lula proporciona um cenário de possibilidades à Universidade Brasileira. Nos quatro primeiros anos do
Governo Lula, a população universitária brasileira saltou de 3,5 para 4,5 milhões, um aumento de 28%. O
ProUni, o Reuni, as cotas raciais e para estudantes oriundos de escolas públicas, o PDE, o plano nacional
de assistência estudantil e a Conferencia Nacional de Educação, mostram uma nova perspectiva de acesso a
educação.

Portanto, além da expansão, interiorização e aumento dos recursos para as universidades federais, é preciso
reforçar a contenção do avanço do setor privado, que precisa ser fortemente regulado pelo Estado, fortalecendo
as iniciativas que, no Congresso Nacional e no Conselho Nacional de Educação, seguem neste sentido.

Apesar de importantes avanços no ensino superior podemos dizer que muito ainda precisa ser transformado.
Precisamos entender a educação de forma sistêmica. Por isso a Conferência Nacional de Educação será um espaço
importante para pautarmos a necessidade de um sistema nacional de educação articulado e voltado aos interesses
populares.

Neste sentido, ainda que existam mudanças que podem alterar o perfil e as oportunidades de formação de jovens,
precisamos enfrentar a hegemonia do setor privado e da concepção mercantil de educação, voltada à formação de
mão de obra e à produção de conhecimento orientada às demandas de mercado.

Em um cenário em que o neoliberalismo é duramente questionado e encontra-se enfraquecido, é fundamental
concentrar esforços para desfazer o movimento que protagonizou ao longo da década de 1990 no Brasil. Ou
seja, o atual período exige transferir os setores que passaram a ser alvo da exploração visando a acumulação
de capital para espaços públicos que não obedeçam à lógica do mercado, sob a orientação e gestão do Estado.

Para isso precisaremos de uma UNE e um movimento estudantil fortes e mobilizados. Porém, embora ainda seja o movimento juvenil mais organizado
do país o ME está longe de ser a única expressão organizada da diversidade da juventude brasileira. Os anseios e aspirações dos próprios estudantes
extrapolam cada vez mais o meio universitário e a pauta educacional.

Temas como emprego e trabalho ganham mais centralidade em um ambiente de altos índices de precarização e difícil entrada no mundo de trabalho. A
parcela da população jovem que trabalha ao mesmo tempo em que estuda seria muito superior aos atuais 17,7% dos jovens com 15 a 24, não fosse o alto
índice de evasão escolar devido à necessidade dos jovens de trabalhar para contribuir com a renda familiar.

Ademais, a tese equivocada de que o alto índice de desemprego entre os jovens é decorrente da falta de qualificação e não da baixa oferta de postos de
trabalho formal tem como conseqüência o aumento da corrida por diplomas e a procura dos bancos acadêmicos em busca de profissionalização expectativa
que geralmente é frustrada, uma vez que a graduação não é sinônimo lugar cativo no mercado de trabalho, muito menos de estabilidade financeira,
realização profissional ou ascensão social.

Somado à centralidade do trabalho no imaginário e na realidade dos jovens estudantes, é preciso notar que a composição da base social do movimento
estudantil tem sofrido alterações. Fatores como (a) a reserva de vagas para estudantes negros, oriundos das escolas públicas e de baixa renda, (b) o
Programa Universidade para Todos (ProUni), (c) a expansão dos setores público e privado em municípios e regiões distantes dos centros urbanos, (d) o
surgimento de nichos de mercado educacional voltados à população de baixa renda e (f) o aumento da oferta de cursos noturnos transformaram a cara do
estudante universitário, tornando-o mais popular e menos elitista e, portanto, mais impactado por fatores objetivos do lado de fora
dos muros universitários.

Contribuindo para que UNE cumpra seu papel histórico de acordo com a realidade atual da
juventude brasileira e para o aprofundamento das mudanças que acontecem em nosso país, o Partido
dos Trabalhadores acredita ser necessário um salto organizativo e mudanças profundas no conjunto
movimento estudantil e na UNE, em especial, tornando-a uma entidade cada vez mais democrática,
transparente, combativa e de lutas.

O PT no movimento estudantil se orienta pela construção de uma universidade popular e
democrática, pela defesa da UNE como entidade máxima de representação dos estudantes, motivo pelo
qual reprovamos o divisionismo e defendemos sua revitalização, pela democratização e aproximação da
UNE das salas de aulas, pelo fortalecimento das entidades e da rede do movimento estudantil, pela

articulação dos movimentos sociais com as entidades e organizações estudantis, pelo aprofundamento das
transformações em curso e pelo combate à crise internacional apresentando uma alternativa de esquerda
visando superar o neoliberalismo e o capitalismo.

Sabemos que se aproxima um momento decisivo para os rumos do país que exige forte pressão pelas reivindicações
históricas e atuais da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Cumprir com esta tarefa exige atuação coesa do
campo democrático e popular, o fortalecimento e a combatividade dos movimentos sociais e o enraizamento
do petismo em amplas parcelas da população, sobretudo entre os jovens.

Portanto, o PT e sua juventude irão incidir com intensidade na pauta política que orientará a ação dos
estudantes no próximo período, visando sair deste fórum mais fortalecidos e coesos do que nunca. Convocamos os
estudantes petistas, delegados e observadores ao 51º CONUNE, a construírem uma intervenção qualificada e
com unidade programática, fortalecendo a UNE, o movimento estudantileoPartido dos Trabalhadores!

Conheça mais em: www.jpt.org.brVem pra luta você também!

CARTA DA JUVENTUDE DO PT À JUVENTUDE BRASILEIRA

O mundo está mudando. A velha ordem mostra sinais de cansaço, enquanto a novidade
ganha fôlego na América Latina. É um momento decisivo para inverter regras ultrapassadas, dizer que os tempos de ditadura do mercado precisam chegar ao fim e afirmar que para transformar esta época de mudanças em uma mudança de época, a hora é agora!
O Brasil está mudando. Se antes ficávamos em silêncio, hoje o mundo quer nos ouvir. Se antes qualquer vento nos derrubava, hoje enfrentamos ciclones e temos condições de
sair mais fortes da tempestade: o mundo sabe disso. Por outro lado, os que teimam em enxugar o Estado e apostar no mercado não param de afundar.
Mas a partida só acaba quando termina, e ainda temos muito jogo pela frente. Os que defendem os monopólios e privatizações querem entregar as riquezas do povo brasileiro
a acionistas e especuladores. São os mesmos que multiplicaram a dívida pública e baixavam a cabeça para o FMI. Está aí a aliança demo-tucana que representa os
interesses da minoria elitista que quer impor seu projeto de concentrar riqueza e lucrar sempre mais.
Do lado de cá estão os de baixo, que sobreviveram ao chumbo grosso da repressão e lutam para desconcentrar a riqueza e o poder. É a aliança entre petistas, comunistas,
socialistas e demais setores democráticos e populares que colocam o ser humano e o meio ambiente no centro das atenções e preferem dar as mãos aos vizinhos latinos a
lamber as botas dos gigantes.
O projeto de país que definirmos hoje, enquanto somos jovens, é o divisor de águas para lançar as bases de nossas condições de amanhã. O que está em jogo é o futuro do Brasil e das nossas vidas.
Não existe alternativa para o povo brasileiro sem investir nos jovens agora, afinal, só seremos o futuro se estiver garantido o nosso presente.
O desenho do Brasil e do mundo que queremos ver emergir deste tempo de incertezas depende da nossa situação hoje.
Por isso, não podemos abrir mão de que a riqueza extraída da exploração do petróleo, patrimônio do povo brasileiro, seja propriedade pública investida nos jovens e nas crianças. É por esse motivo que devemos garantir aos jovens do campo a
possibilidade de permanecer onde estão, sem precisar migrar para as cidades, a partir da expropriação das terras que não cumprirem com índices de produtividade mais altos,
visando a reforma agrária. É com esse horizonte que devemos lutar pela a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, criando mais empregos,
combatendo a precarização da mão de obra e gerando mais tempo livre para que a juventude tenha acesso a uma formação integral, com direito à cultura e ao lazer.
Mas é preciso dar continuidade a isso e ir além, mudar a vida da juventude. Nós jovens devemos ter garantido o nosso direito ao trabalho. Apesar das mudanças em curso, a juventude ainda é a parcela que mais sofre com o desemprego e a precarização dos salários e condições de trabalho. Aliás, a forma como entramos no mundo do trabalho tem forte influência sobre nossa trajetória profissional. No entanto, mais que um acesso decente ao mundo do trabalho, precisamos também ter o direito de não precisar trabalhar tão cedo como ocorre atualmente e poder nos desenvolver cultural e
intelectualmente.
O governo do Presidente Lula, representa um avanço sem igual para nós jovens. As diversas políticas públicas para a juventude como o ProUni, Reuni, Projovem,
a ampliação das escolas técnicas, dentre outras, são importantes iniciativas de inclusão da juventude que precisam ser cada vez mais aprofundadas.

Mas para isso é preciso que a escola passe a dialogar com as nossas diferentes

realidades e dilemas. Só conseguiremos dar conta de nossos deveres se o nosso direito à educação, sempre pública, nos for garantido desde a creche
até a pós-graduação, sem filtros anti-democráticos e que privilegiem minorias, como é o vestibular. Não queremos contribuir com a produção de ciência e tecnologia para
ampliar os lucros de poucos, mas para auxiliar no atendimento das necessidades do ser humano e do desenvolvimento ambientalmente sustentável.

Queremos que os meios de comunicação monopolizados pela iniciativa privada e a indústria cultural que destrói nossas raízes populares percam espaço para uma
produção autônoma e democrática das nossas jovens revelações que surgem de nossas periferias e pequenas cidades. Não aceitamos que empresários tratem nosso
patrimônio cultural histórico como mercadoria a ser vendida e comprada, trazendo segregação no acesso à produção cultural de acordo com a renda das pessoas.

Dizemos em alto e bom som: somos as principais vítimas da repressão policial e do crime organizado. Está em curso um verdadeiro genocídio da juventude, sobretudo dos jovens negros, pobres e moradores das periferias dos grandes centros urbanos. Parece óbvio, mas é preciso dizer que não é esse o futuro que queremos. Somos muito melhores que este destino traçado para nós. Temos potencial e queremos a oportunidade de aproveitá-lo.

Quem quiser se unir a essa luta venha conosco!

Não temos tempo a perder. Para construir um mundo socialista que nos permita a felicidade, a hora é agora.

Juventude do Partido dos Trabalhadores

25 de setembro de 2009.

www.jpt.org.br

Resolução final do Encontro Nacional da JPT

Brasília, 05 a 07 de fevereiro de 2010

Vivemos um momento de transição na história, quando velhos projetos ainda não foram cabalmente superados e o novo ainda não conseguiu se afirmar de forma definitiva.
A presença de governos de esquerda e progressistas, como o governo Lula, na América Latina, cada um com sua história, realidade, cultura e diversidade, colocou a luta política na região em novo patamar, tornando possível ampliar a contestação ao imperialismo, melhorar as condições de vida dos setores populares e reforçar as possibilidades de uma integração latino americana articulada por reformas estruturais e à serviço dos interesses dos trabalhadores.
Esta conjuntura inédita exige que nos debrucemos sobre questões que antes não tinham o mesmo peso para esquerda no continente. São exigidas novas respostas em termos de política externa, economia, defesa, novos arranjos institucionais e mesmo em relação às legítimas demandas dos movimentos sociais. Por termos avançado muito ao longo dos últimos anos, necessitamos de novas respostas a desafios que antes não estavam apresentados. Dentro desse leque de questões que nos desafia, ganha peso a disputa em torno do projeto de desenvolvimento em curso em cada país do continente.
Contudo, estes ventos de mudança de época, que continuam soprando na América Latina, ainda não foram capazes de estancar as veias abertas pelo imperialismo, pelo desenvolvimentismo conservador e pelo neoliberalismo na região.
A contra-ofensiva da direita latino-americana busca a todo custo retomar seus espaços de poder e realinhar seus interesses, tanto nas disputas eleitorais quanto em iniciativas como a reativação da IV Frota da Marinha norte-americana no Atlântico Sul, a instalação das bases militares na Colômbia, o golpe em Honduras, a manutenção do embargo criminoso ao povo cubano pelos EUA e a recente vitória das forças conservadoras no Chile.
Com isso, as forças democráticas e populares da região precisam continuar aprofundando o processo de mudanças e integração como formas de ampliar a legitimidade política e manter os governos até agora conquistados.
No Brasil, a eleição de Lula em 2002 e sua reeleição em 2006, abriram a possibilidade de fazer do governo federal um instrumento na luta por mudanças neste modelo. O atual governo tem demonstrado que a esquerda tem capacidade de disputar e exercer a administração federal, colocando-a serviço dos interesses populares, desde que haja um grande movimento popular organizado, luta e pressão política dos trabalhadores.
O crescimento da economia concatenado com a distribuição de renda e a conseqüente redução da desigualdade social entraram de vez na agenda política do país.
Se a crise tivesse encontrado o Brasil sob hegemonia das forças neoliberais, iríamos viver outra fase de recessão prolongada, com seus pesados custos pagos pelos pobres. Nossa atuação impediu que isso acontecesse. Fomos o último país a entrar na crise e o primeiro a dela sair. Um ano depois de anunciada, alcançamos a geração de um milhão de empregos, Em um único mês, abrimos mais postos de trabalho do que o governo tucano de FHC fez em um ano inteiro.
A medida fundamental para isso foi o fortalecimento do mercado interno, assegurada pela estabilidade econômica, a ampliação do poder de compra do salário mínimo e elevação sustentada da massa salarial sempre acima da inflação, ampliação histórica da oferta de crédito para pequenos e médios empreendimentos no campo e na cidade e a implantação do Bolsa-família, movimentando e dinamizando com força a economia desde as pequenas vilas do interior até as grandes metrópoles.
Ademais, o PAC foi capaz de contribuir para blindar o país dos piores efeitos da crise capitalista mundial. Mais que um pacote de investimentos em infra-estrutura, necessária para melhorar a logística das cadeias produtivas do país, o programa está executando grandes investimentos em infra-estrutura social, avançando na promoção de direitos básicos, como moradia e saneamento básico.
Em suma, o governo Lula mudou a relação com a sociedade e os movimentos sociais, mudou a política externa, paralisou o programa de privatizações, recuperou a capacidade de intervenção do Estado na economia e na sociedade e implementou políticas sociais de conteúdo popular.
É neste cenário que as eleições brasileiras deste ano terão repercussão estratégica não só no país, mas também na América Latina e no mundo. Mais do que vencer as eleições, será preciso construir as condições políticas para um terceiro mandato ainda mais transformador, mantendo aberta a disputa por um projeto de desenvolvimento democrático e popular e impedindo o retrocesso da volta dos demo-tucanos.
Para tanto, é fundamental o reconhecimento dos avanços para o apontamento das lacunas e dos desafios a serem perseguidos pelo terceiro mandato. Para ir além é preciso lutar por um projeto de desenvolvimento que seja democrático e popular, integrado a um programa de mudanças e reformas estruturais e articulado com a estratégia socialista do partido. Esse novo ciclo de desenvolvimento deve vir acompanhado de mais direitos à participação nos frutos do progresso material.
A vitória da companheira Dilma deve estar articulada ao compromisso de acelerar o processo de integração regional e aprofundar o processo de mudanças iniciadas em 2003. Porém, nosso principal adversário continua sendo o grande capital financeiro. Portanto, é preciso enterrar de fato a agenda política derrotada nas urnas.
É nosso desafio, ainda, consolidar, em amplos setores da sociedade, uma visão de mundo democrático-popular e socialista, articulada com um internacionalismo ativo no apoio à luta dos trabalhadores e povos oprimidos, em especial da América Latina.
Para darmos conta das grandes tarefas que se apresentam, os partidos de esquerda, movimentos sociais e a juventude do campo democrático e popular têm que estar cada vez mais organizados e mobilizados. Isso inclui uma plataforma comum que acumule forças em favor de reformas estruturais como:
Reforma Política: constituinte exclusiva, ampliação de mecanismos de participação popular (simplificação das formalidades para a proposição de iniciativas populares legislativas, chamamento obrigatório de consultas, referendos e/ou plebiscitos em temas de impacto nacional, instituição do Orçamento Participativo em nível municipal e estadual, discussão sobre a extinção do sistema bicameral com o fim do Senado, fidelidade partidária, voto em lista e orçamento público de campanhas eleitorais.
Reforma da Educação: reestruturação político-pedagógica das instituições de ensino, democratização e garantia ao acesso e à permanência em todos os níveis educacionais, aperfeiçoando e aprofundando os mecanismos de democratização da gestão pública, regulamentação e controle público do ensino privado, restrição à entrada do capital estrangeiro na educação, ampliação da política de expansão do ensino público, aumento do piso nacional dos profissionais da educação.
Reforma Urbana: conter a especulação imobiliária, garantir a mobilidade urbana e o transporte público de qualidade, agilizar os processos de desapropriação por interesse social, construção massiva de moradias populares e redução drástica do déficit habitacional e regularização fundiária.
Reforma Agrária: combater a concentração fundiária e o agronegócio, aumentar os índices de produtividade da terra, alterar a legislação para facilitar as desapropriações e fortalecer a agricultura familiar e modelos agroecológicos e sustentáveis de produção.
Reforma Tributária: elevar a progressividade do IRPF, instituir o imposto de renda negativo para população de baixa renda, regulamentar o imposto sobre Grandes Fortunas, separar o orçamento fiscal do orçamento da seguridade social, ampliar a progressividade, inclusive do IPTU e do ITR, como princípio constitucional.
Reforma do Sistema Financeiro: reduzir o peso do capital financeiro na economia nacional, controle sobre o fluxo de capitais, taxando a remessa de lucros ao exterior e restringindo a entrada de capitais especulativos estrangeiros.
Infra-estrutura e desenvolvimento tecnológico e científico: controle dos recursos econômicos de alcance estratégico, fomento da competitividade e da produtividade do país, realização dos investimentos infra-estruturais e sociais, impulso a programas de desenvolvimento científico e tecnológico, melhoria da eficiência e a universalização do acesso dos serviços públicos e definição do marco legal que propicie inversões de capital do país e do exterior.
Democratização da Comunicação Social: ampla democratização da mídia, regulamentação do artigo 220 da constituição federal (proíbe monopólios), mudança do sistema de concessão de rádio e TV visando forte controle da mídia comercial, alteração na legislação de rádios e TVs comunitárias para cessar a repressão, garantir financiamento e aumentar o número e o alcance destes canais, constituição de um sistema público de comunicação com forte controle social e participação popular, instituição de um Plano nacional de Banda Larga visando a inclusão digital.
Reforma Sanitária: fortalecimento e ampliação do SUS, reorganização e qualificação da regionalização e integração do SUS, aprovação do Projeto de Lei Complementar que regulamenta a Emenda Constitucional nº 29/2000, disciplinando o financiamento e regulando a alocação de recursos, ampliação da atenção primária, efetivação da integralidade da assistência.
Políticas de igualdade e reparação: O Estado Brasileiro foi fundado sob a égide do racismo científico e da discriminação racial, de gênero e heteronormativa. O preconceito e a discriminação são estruturantes, criam desigualdades e justificam as já existentes. É preciso reformar as bases ideológicas do Estado Brasileiro de modo a barrar a política genocida de embranquecimento com verdadeiras e ousadas políticas de igualdades e com reflexo em todas as outras políticas.
Por sua vez, uma das primeiras opressões que a história da humanidade registra é do homem sobre a mulher. Além da maior precarização da mulher no mundo do trabalho (menores salários, maior desemprego e informalidade), é um constante estigma e estereótipo discriminatório da mulher tanto em espaços públicos quanto privados. Para as jovens o quadro se agrava, o machismo é somado à opressão geracional. Neste sentido nosso compromisso de luta deve ser a garantia de um Estado que considere a auto-determinação pessoal e econômica das mulheres, o fim da violência sexista, a regulamentação do aborto, a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos e o combate a todas as formas de discriminação.

Políticas públicas de juventude e o Governo Lula
O período neoliberal que sucedeu à crise do desenvolvimentismo concentrador de riqueza, impulsionado ao longo da segunda metade do século XX, provocou o encolhimento do Estado frente às políticas públicas e estruturais, relegando-as à iniciativa privada sob a (des)regulação do mercado. Resultado: agravamento de uma série de problemas urbanos, principalmente de segurança pública, moradia e saneamento básico, bem como dos conflitos agrários. Cresceu a segregação territorial, aumentaram as periferias e a desigualdade ao mesmo tempo em que uma imensa massa de jovens surge sem a possibilidade de ter suas demandas essenciais atendidas.
Foi dentro da década de 90 que o âmbito acadêmico passou a compreender a necessidade do tratamento diferenciado à juventude, no sentido de conceber direitos. Essa mudança de concepção acontece em conjunto com a luta dos diversos movimentos juvenis e da realização de diversas experiências descentralizadas na esfera pública, em nível estadual e municipal.
Estas experiências, na sua grande maioria, aconteceram em um contexto de resistência ao projeto neoliberal aplicado à época pelo governo FHC que, ao contrário de promover a institucionalização dos direitos dos jovens, aumentou significativamente o seu grau de exclusão social, através do enfraquecimento do Estado como indutor do desenvolvimento.
A partir da eleição de Lula em 2002, o Brasil abriu as suas portas para uma agenda de desenvolvimento como nunca antes visto, com um ciclo sustentado de crescimento da economia, distribuição de renda e aprofundamento da democracia, através de uma clara inversão de prioridades por parte de um Estado fortalecido.
Com o Governo Lula, o Brasil passa a compreender a existência de uma condição juvenil, diferenciada de outras faixas etárias da população e altamente impactada pelos problemas que a sociedade enfrenta. Essa mudança na forma de enxergar o segmento juvenil acontece, em primeiro lugar, em relação à própria concepção de juventude, que passa a enxergar o jovem como um sujeito de direitos, e não mais como um problema. Em segundo lugar, compreendendo a realidade dos problemas que este enfrenta e o quanto condicionam o desenvolvimento da sociedade. E por último, introduzindo de forma específica a produção de políticas públicas de juventude em âmbito federal.
Mas foi somente a partir de 2005, através da reivindicação de diversos movimentos juvenis, de organizações da sociedade civil e de iniciativas do Poder Legislativo e principalmente do Governo Federal, que o Brasil atinge então outro patamar no que diz respeito às políticas públicas de juventude, com o anúncio da criação da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), ligada à Secretaria-Geral da Presidência da República e do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), inseridos na instituição da Política Nacional de Juventude.
Enquanto a Secretaria responde diretamente pelo Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM), em conjunto com diversos ministérios, o CONJUVE constitui o órgão consultivo que envolve sociedade civil e poder público.
A criação de um Conselho Nacional como órgão de acompanhamento e monitoramento das ações ligadas à juventude no Governo federal deve ser reconhecido como um avanço face á inexistência de qualquer mecanismo de participação da sociedade civil.
A Conferência Nacional de Juventude organizada pelo Governo Federal, realizada em 2008, também representou um importante avanço para a criação de espaços de participação política dos jovens e suas organizações. Mais de 400 mil jovens de todo o país se mobilizaram para discutir e definir suas prioridades.
O legado que o Governo Lula deixará na temática de juventude são as bases de uma política de Estado para o atendimento das demandas dos jovens brasileiros. Dentre alguns aspectos da agenda implementada, destacam-se:
a) Uma política de governo praticada em escala para o atendimento das demandas emergenciais de oferta de ensino formal e capacitação profissional;
b) Um conjunto de políticas estruturantes relacionadas a essas mesmas demandas, como a expansão vertiginosa do ensino técnico e tecnológico e o expressivo aumento de vagas na educação superior;
c) A ação política do executivo articulada com a formulação e aprovação de marcos legislativos fundamentais para a garantia de perenidade das políticas de juventude;
d) O reconhecimento dos atores da sociedade civil na elaboração, no controle e na execução da política pública;
e) A projeção internacional do Brasil na temática, mesmo tendo sido tardio o surgimento do tema na agenda pública em nosso país, contribuindo para o fortalecimento de espaços de diálogo e cooperação internacional no tema.

A dimensão estratégica da juventude
Em uma perspectiva de médio e longo prazo, fazer com que o atual ciclo de desenvolvimento signifique superar séculos de atraso e dependência, toda uma história de opressão e injustiça, depende, sobretudo, de garantir, hoje, ao povo brasileiro os instrumentos para ser sujeito ativo e protagonista das lutas por seus direitos.
A atual geração de jovens está diante de um momento sem precedentes na história: a construção de um novo país, um Brasil de todos os brasileiros. É um cenário que possui fortes elementos para despertar o entusiasmo e o otimismo da nossa juventude. Afinal, o novo projeto implementado no país tem sido fundamental para o aumento da estima social dos jovens brasileiros.
Contudo, o tema juventude ainda é considerado por muitos como secundário, setorial, sem relevância diante das questões econômicas e sociais do país e diante das perspectivas sobre a transformação social.
O que se percebe, principalmente na conjuntura de hoje, é justamente o contrário. Não haverá soluções para a exclusão social e para o desenvolvimento econômico se não for considerado o grande contingente populacional de jovens, que hoje chega a 52 milhões de brasileiros e brasileiras. Nesse sentido, o segmento juvenil possui uma dimensão estratégica.
Tomando este recorte etário, temos um retrato da desigualdade que ainda marca a trajetória de desenvolvimento do nosso país, não obstante os enormes avanços obtidos nos últimos anos.
Dos jovens brasileiros, 1,5 milhão são analfabetos, 2 milhões vivem em favelas e cerca de vinte milhões vivem em moradias urbanas precárias. A geração recorde de empregos formais nos últimos anos, ainda que tenha beneficiado principalmente os jovens, não bastou para reduzir a patamares mais razoáveis a taxa de desemprego entre os jovens, que se mantém três vezes maior que a população em geral.
Médias anuais apontam que, entre 2003 e 2005, 46 mil vidas de pessoas entre 15 e 29 anos foram brutalmente interrompidas por causas violentas, sejam homicídios ou acidentes de trânsito.
Não obstante o progressivo incremento do investimento público em educação, os níveis de defasagem idade/série no ensino básico ainda são elevados, com 32% dos jovens entre 15 e 17 anos cursando ainda o ensino fundamental.
Se considerarmos os recortes regionais, étnico-raciais, por sexo e renda, a desigualdade e a exclusão ficam muito mais evidentes para os jovens do campo, das periferias, negros, mulheres e pobres.
Mesmo considerando os grandes avanços obtidos, este ainda é um quadro sobre o qual devemos nos debruçar, e ajudar a pensar soluções inovadoras, algumas emergenciais e no curto prazo, outras, medidas que incidirão no presente para escrever as possíveis trajetórias futuras dos jovens brasileiros. O que se propõe é criar um corredor seguro para essa fase da vida dos brasileiros, a oferta de oportunidades que possibilitem a vivência da juventude em seus aspectos mais importantes: a escolha, a experimentação, o acerto e o erro, sem que isso signifique pôr em risco sua saúde e sua vida.
Sobretudo, ao reconhecer que todos os jovens, cada um à sua maneira, vivem sua juventude estamos partindo para outro patamar a respeito do papel que as políticas públicas devem assumir: possibilitar trajetórias imbuídas de um intenso processo de buscas, experiências e aprendizados a partir de seus interesses, potencialidades, desejos e direitos, respeitando e valorizando suas diferenças ao mesmo tempo em que se combate às desigualdades.
Por isso, o projeto de desenvolvimento que o PT disputa na sociedade deve se apropriar da temática juventude, não apenas no sentido da luta por direitos específicos ou da reparação social ou políticas afirmativas, mas também na perspectiva de que os grandes desafios colocados para a sociedade se desdobram na juventude, ou seja, nas novas gerações.
É neste sentido que a compreensão sobre a situação da juventude, um contingente que é o mais afetado pela gravidade das desigualdades sociais, deve ser encarada como estratégica na campanha e no programa de Dilma à presidência. É preciso criar as condições para formar uma geração capaz de disputar e dar continuidade aos avanços políticos, sociais e econômicos que o país necessita.

Um programa petista para a juventude brasileira
Ter a juventude como ator estratégico no projeto de desenvolvimento nacional significa reconhecer a condição demográfica amplamente favorável, fazendo com que o Estado tenha a obrigação de converter em oportunidade de uma vida melhor para os jovens de hoje e para o conjunto da sociedade amanhã; na prática, significa investimento de recurso financeiro, humano e tecnológico em proporção correspondente ao tamanho do desafio: reverter o quadro herdado do período neoliberal. Se as questões sociais relativas à juventude estão diretamente ligadas à melhora dos indicadores que nos tornarão um país desenvolvido, então a nós parece que esse é um ator para o desenvolvimento do país.
Será necessário um pacto federativo e intergeracional na temática de juventude, que garanta que a sociedade brasileira acolha e dê solução à demanda permanente de integração das novas gerações ao processo democrático e ao projeto de desenvolvimento nacional e regional. Para impulsionar a sua construção no governo e na sociedade, será necessário atualização da Política Nacional de Juventude com um novo modelo institucional da Secretaria Nacional de Juventude. Reafirmando, assim, que a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, dos programas e ações da política social, que reconhecem o jovem como sujeito de direitos, representou até agora o maior avanço institucional que o Estado brasileiro ofereceu aos jovens brasileiros. Entendemos que um novo governo do PT deve aprofundar esse avanço, fazendo com que a execução “na ponta” seja um elemento fundamental para a identificação do jovem com a política proposta.
Tudo isso diz respeito a um conjunto de ações e políticas dentro de um Sistema Nacional de Juventude, com: a articulação de programas em todos os níveis de governo; integração entre as ações governamentais sempre que possível e desejável; a criação de um fundo nacional ou instrumento similar a esse para o financiamento do Sistema e, ainda, com a construção de equipamentos básicos de acesso e atendimento das demandas dos jovens em escala local.
Estes apontamentos iniciais são fundamentais para a incorporação dos jovens como motor do desenvolvimento da economia, através da consolidação da Política Nacional de Juventude para dentro do governo e do Estado brasileiro. Para isto, a aprovação dos marcos legal da juventude brasileira é um passo essencial.
Reconhecemos que, atualmente, a emancipação dos jovens tem, entre seus elementos centrais, a educação e o trabalho. Assim, um grande debate a ser travado na sociedade diz respeito ao direito do jovem a viver todas as suas potencialidades. Na história, as grandes conquistas dos trabalhadores, tais como a redução da jornada de trabalho, a proibição do trabalho infantil, entre outras, se deram em contextos de forte crescimento econômico.
Portanto, devemos aproveitar o bom momento que vive o Brasil, para tratar como central, o debate sobre como e quando os jovens devem acessar o mercado de trabalho, e de que forma os jovens podem disputar o acesso ao trabalho decente, permitindo que o saldo desta discussão oriente a construção das políticas.
Um programa transformador para a juventude brasileira deve estar comprometido com o desenvolvimento integral dos jovens, permitindo uma inserção social e produtiva diferenciada da atual, marcada pela entrada precoce e precária no mundo do trabalho, sem ter a opção de continuar seus estudos e vulnerável às mazelas sociais. É preciso que o Estado garanta à juventude trabalhadora as mesmas condições e oportunidades dos jovens mais abastados tem para viver suas juventudes.
Por outro lado, para imprimir a transição do jovem da categoria de necessidade rumo a da possibilidade, é primordial incluir a juventude no mundo do trabalho de forma decente e alterar, pelo investimento geracional, o padrão societário nacional. Projeta-se que o Brasil vai crescer sustentadamente 5% ao ano numa década. O país, então, precisa de uma juventude para dar base para essa expansão. Ao mesmo tempo, essa fase da economia é o momento histórico mais oportuno para garantir o desenvolvimento humano e social.
O desemprego afetou a juventude de forma direta. Como conseqüência, temos não só a instabilidade profissional, falta de vagas e a massificação do exército de mão de obra reserva, mas também precariedade (postos temporários e informais), direitos trabalhistas não assegurados, longas jornadas, baixos salários, além dos constantes casos de assédio moral e sexual e as discriminações diversas no trabalho, sobretudo por motivação de raça, gênero, orientação sexual, regionalidade e local de moradia.
A grande maioria dos jovens, principalmente os das famílias de baixa renda, não consegue conciliar os estudos com o trabalho – sendo grande o número dos que não conseguem concluir o ensino médio, muitas vezes nem mesmo o ensino fundamental – exatamente por já estarem inseridos no mundo do trabalho. A juventude deve ter o direito de estudar, sem ser obrigada a ter sua força de trabalho explorada até concluir uma formação profissional.
O fato de que o trabalho se apresenta como necessidade para os jovens com as piores situações familiares e, portanto, às piores condições de vida, faz com que eles sejam obrigados a aceitar as piores condições de trabalho, deixando de lado direitos, reivindicações e expectativas ao estabelecer uma relação de trabalho. A forma como se dá a entrada no mundo do trabalho, longe de ser apenas uma etapa inicial e passageira, influencia e determina o futuro da inserção profissional dos jovens ao longo de suas vidas.
Neste sentido, os programas de juventude voltados à garantia de trabalho e renda para os jovens devem ir além da garantia do primeiro emprego ou de qualificação profissional. Para incidir neste cenário é preciso criar as condições para que os jovens, principalmente os oriundos de famílias de baixa renda, tenham condições de concluir os estudos, impedindo a entrada precoce no mundo do trabalho.
Essa política gera, como vantagens indiretas, uma situação de maior conforto no mercado de trabalho, devido à redução da pressão por empregos. Melhoraria as condições de competição por trabalho reduzindo a precariedade e aumentando o poder de negociação dos trabalhadores, resultado da diminuição do exército de reserva.
Enfrentar os problemas relacionados a emprego, trabalho e renda na juventude significa aplicar, além de uma política pública de juventude, uma política estruturante de combate ao desemprego e das desigualdades sociais. O desemprego é um problema estrutural de toda a sociedade e causa importante das precárias condições sócio-econômicas de parcela significativa da população. Devemos combater todas as formas de precarização do trabalho. Pela redução da jornada de trabalho sem a redução do salário!
Deste modo, conseguir combinar políticas de educação e trabalho que tirem o jovem deste ciclo vicioso continua sendo um desafio central do governo federal se quiser de fato enfrentar o problema do empobrecimento e da falta de perspectiva que vive significativas parcelas da nossa juventude.
A educação foi um dos principais alvos do neoliberalismo no Brasil. A não responsabilização do Estado com as políticas públicas de educação agravou o quadro educacional do país ao longo dos anos 90 e início do novo século. O Governo Lula contribuiu para mudar este cenário, mas uma transformação profunda depende de mais e melhores mudanças.
Cada vez mais se faz necessária a luta cotidiana por educação pública, gratuita, de acesso universal, laica, que forme os jovens para o pleno desenvolvimento intelectual e cultural, não como mera qualificação de mão de obra. Ainda, temos o desafio de universalizar o acesso ao ensino médio, hoje o principal gargalo da educação.
A baixa escolaridade por parte da população juvenil é incompatível com os objetivos de incorporação plena dos jovens aos avanços tecnológicos e informacionais. A ineficiência do sistema de ensino é expresso pela problemática relação da escola com os jovens. A expressão dessa dificuldade pode ser encontrada tanto na rebeldia frente às normas escolares, nos altos índices de fracasso escolar, nas pichações e depredações dos prédios, nas atitudes desrespeitosas no convívio escolar, quanto na apatia de estudantes que se mostram distantes e desinteressados pelas atividades escolares. Ainda que de formas distintas, todas essas atitudes podem ser compreendidas como formas de resistência e recusa à escola. Diversos estudos creditam grande parte desses problemas à dificuldade, ou mesmo ausência de comunicação entre o mundo da escola e o mundo dos jovens.
Além disso, a baixa escolaridade dos jovens, se não for combatida agora pelo Estado, comprometerá os objetivos de desenvolvimento do país, que estão sendo construídos pelo nosso governo. Pois, não é suficiente possibilitar infra-estrutura e investimentos na produção se não tivermos recursos humanos capacitados para operar o desenvolvimento.
Portanto, para além de garantir o acesso pleno e universal à escola e à universidade, as próprias instituições de ensino necessitam de profundas reformulações. É necessária uma profunda revolução pedagógica para aproximar a escola do universo do jovem e promover uma formação libertadora. A educação não pode ser vista como mera preparação ao mundo do trabalho, mas principalmente como formação de seres humanos capazes de interagir coletivamente e produzir bens comuns.
Com o objetivo de reestruturar o ambiente escolar e as práticas educativas de forma a atrair e envolver os jovens na construção do conhecimento e no desenvolvimento da aprendizagem, as ações voltadas à educação devem visar: a) ampliação da rede pública e dos investimentos na área (porque 70% da juventude nem chegou ao ensino médio); b) reestruturação pedagógica e a efetivação da democracia nos espaços educacionais, principalmente, na escola de ensino médio; e c) capacitação dos educadores sobre a temática juventude.
Sendo assim, ainda que se faça necessário garantir o atendimento emergencial das demandas dos jovens em situação de maior exclusão, a política de juventude não deve estar circunscrita às ações de reparação ou compensação.
Neste sentido, para que um próximo mandato do campo democrático e popular seja superior devemos lutar pela ampliação da escala de atendimento das políticas públicas específicas para a juventude, sua integração com medidas estruturantes, políticas universais e a institucionalização de novos direitos desta geração.
É preciso, portanto, apresentar pautas que avancem na democratização e participação popular no Brasil, estimulem políticas de desenvolvimento combinadas com uma forte ação de distribuição de renda e iniciativas que reforcem os valores socialistas e democráticos, pilares para uma disputa de hegemonia mais abrangente de nossa sociedade.
O programa com o qual disputaremos as eleições 2010 deve se orientar pela construção de novas referências nas relações sociais, não determinadas pela mercantilização da vida, mas pelos ideais socialistas, solidários e de igualdade.
Para que um próximo mandato do campo democrático e popular seja superior devemos lutar pela ampliação da escala de atendimento das políticas públicas específicas para a juventude, sua integração com medidas estruturantes, políticas universais e a institucionalização de novos direitos desta geração.

Estratégia, tática e tarefas da juventude
O clima de disputa nestas eleições é perceptível mesmo à avaliação mais desinformada. A população novamente terá de fazer a opção entre dois projetos opostos, nos quais figuram duas formas distintas de lidar com a juventude. De um lado, as forças de esquerda e progressistas, encabeçadas pelo PT; de outro, as forças neoliberais e de direita, capitaneadas pelo PSDB. No momento em que a juventude trilha firme rumo à conquista plena de direitos, o projeto demo-tucano quer voltar a governar o Brasil, aplicando sua cartilha neoliberal.
A disputa política que envolve a interrupção, a continuidade ou o aprofundamento do atual projeto na condução do governo federal vem sendo travada desde que ele se iniciou e terá contornos decisivos neste ano. A tática eleitoral e o programa com os quais o PT irá enfrentar as eleições de 2010 são fatores decisivos para o resultado do confronto.
É preciso fazer a comparação entre os 8 anos de PSDB e os 8 anos do PT na presidência da república, polarizar com a plataforma neoliberal dos demo-tucanos para a juventude e comparar os resultados do nosso governo com os dois mandatos da direita.
Nessa “guerra por outros meios”, defenderemos nosso legado acumulado em oito anos para os jovens e o aprofundamento que propomos contra o que representam os demotucanos: toque de recolher, redução da maioridade penal, oposição às cotas sócio-raciais, recusa de verbas por Minas e São Paulo para expandir o ensino técnico, o não cumprimento das metas – nos dois estados – do programa Jovem Aprendiz, além da memória de que a juventude foi a mais atingida pelo governo neoliberal de FHC, representando a parcela da sociedade mais afetada pela perversidade da política de Estado mínimo.
Contudo, a construção de um ambiente polarizado e politizador na campanha deve ser mais do que um embate de realizações administrativas entre o governo Lula e os governos neoliberais. Mostraremos à juventude que um governo do campo democrático-popular é superior porque decorre de outra visão de mundo. Nossa campanha deverá ser marcada pela disputa ideológica. Por isso, a JPT fará uma campanha militante, que ao mesmo tempo em que disputa o voto, disputa também valores e concepções de mundo e organiza milhões para a luta. Campanha política se faz no corpo a corpo, na voz e no suor.
A outra marca de nossa campanha, portanto, é a forte mobilização e organização popular. A JPT e os movimentos nos quais atuamos devem sair da campanha mais fortes, mais mobilizados e mais organizados do que entraram. Estabeleceremos o dia 13 dos meses de campanha como dias de mobilização nacional da JPT, ocupando avenidas, praças e outros espaços de grande visibilidade.
Teremos sucesso se formos capazes de reinventar a forma de abordagem ao longo da campanha. Em 2010, a JPT precisa estar antenada nas diferentes linguagens populares levando em consideração as especificidades juvenis. Nossa campanha deve valer-se do imaginário e da realidade juvenis na sua forma e no seu conteúdo.
A ação da JPT na campanha Dilma Presidenta deve ser orientada por um processo massivo de construção da campanha e do programa de juventude. O envolvimento dos jovens na campanha e na construção do projeto de país que propomos, como sujeitos ativos, dependerá, inclusive, da participação massiva da juventude na construção das propostas.
Deve ser impulsionada uma ampla jornada de debates com atividades em todo o Brasil, em conjunto com os movimentos juvenis e as juventudes partidárias que participarão da campanha para debater o programa e a campanha, realizando atividades que aconteçam em todo o país e no convívio social de cada realidade e segmento da juventude.
Trata-se de envolver não só o conjunto da militância petista, mas também jovens simpatizantes ou que simplesmente se identificam com o nosso projeto, fazendo com que as pessoas se sintam parte integrante desta construção e percebam que suas ações ajudam na mudança da condição de vida das pessoas que a rodeiam.
Para tal, será necessário fortalecer uma relação que possibilite a construção de uma maioria política, eleitoral e social na juventude brasileira e isso significa desenvolver a capacidade de ganhar os jovens que não compartilham de todos os nossos valores e paradigmas políticos, mas que aprovam, reconhecem ou mesmo são atingidos por nossas ações de governo, projetos e programas, seja no âmbito federal, dos estados ou municípios.
É preciso ganhar os que eventualmente pouco ou nada conhecem das nossas iniciativas institucionais, os que nutrem esperança em serem abarcados por elas. É preciso ganhar o voto do jovem que desconfia das nossas posições e propostas, mas também rejeitam as proposições da direita. E ainda o voto de parcelas juvenis que optariam pelos demo-tucanos por puro preconceito ideológico.
Por isso, ao mesmo tempo em que aprofundaremos a histórica relação com as juventudes da esquerda, integraremos nesta construção setores que, no último período, tornaram-se nossos aliados.
Quando realizamos o Seminário “Juventude e o Projeto Nacional”, com o conjunto das juventudes partidárias aliadas (JS-PDT, JSB, JPL, UJS e JPMDB), avançamos para uma relação mais concreta de construção e condução da política de juventude do país. Precisamos reproduzir este nível de articulação e diálogo, com ênfase na produção de um projeto local para a juventude, nos estados, como passo inicial da construção das coordenações locais da campanha Dilma.
Neste sentido, é fundamental na perspectiva de uma campanha de massas, construirmos uma ampla Rede de Juventude da campanha da companheira Dilma que dialogue com a nova base social do partido: os jovens atendidos pelos nossos programas específicos e gerais, os componentes das famílias que conquistaram a mobilidade social para fora dos marcos da pobreza e que ingressaram na classe média, etc.
Uma campanha assim exigirá as seguintes tarefas:
- Construir o Comitê Nacional de Juventude Dilma Presidenta como um espaço de coordenação em conjunto com as juventudes aliadas. Este comitê deverá contar com uma coordenação que esteja presente no dia a dia da campanha geral e que tenha como tarefa incidir sobre o programa de governo, sobre a linha geral de campanha inclusive nos programas de rádio e TV, realize o acompanhamento da campanha nos estados e municípios e estimule a realização de agendas de juventude;
- Organizar comitês locais Dilma Presidente, nos estados e municípios, após o Encontro Municipal da JPT, e a partir dos setoriais onde atua a juventude, se desdobrando nos bairros, cidades, escolas, universidades, locais de trabalho e de acordo com as bandeiras e movimentos onde atua a juventude, fortalecendo o papel das secretarias estaduais da JPT, principalmente onde o PT não terá candidato;
- Produzir materiais específicos de juventude: panfletos, praguinhas, adesivos e também a produção de programas de TV e rádio específico sobre o tema, com a devida participação da juventude na elaboração em conjunto com os responsáveis pela comunicação da campanha;
- Realizar debates temáticos, organizados pelas secretarias estaduais e municipais, com o apoio da JPT. É preciso aproveitar o momento propício para discutir com a juventude os problemas, os anseios e o que pensam, a partir de sua diversidade. Esses debates têm que acontecer no convívio social de cada segmento de juventude;
- Estabelecer o dia 13 dos meses de campanha como dias de mobilização nacional da JPT, envolvendo jovens dos movimentos sociais e personalidades na realização destas atividades, ocupando avenidas, praças, escolas entre outros espaços de grande visibilidade com bandeiras, material de campanha, carro de som;
- Demandar junto ao GTE uma pesquisa sobre juventude que tenha como questão principal as percepções políticas desta nova geração de jovens e que esta subsidie nossa campanha.
- Utilizar a rede mundial de computadores, através de sites de relacionamento, blogs e outros canais, como forma de dinamizar a interlocução da campanha. Dado o caráter inovador e todo o seu potencial, este ponto merece atenção especial com a criação de um grupo que cuide exclusivamente dele.
- Criar um Grupo de Trabalho compacto, composto por especialistas no tema ligados ao PT, membros do Governo, pessoas ligadas à gestão de PPJ em nível estadual e membros da direção da Juventude do PT. Este GT elaborará, a partir da plataforma política da JPT, referendada no ENJPT, as propostas iniciais para o Programa de Governo de Juventude para ser apresentado e construído com as outras juventudes partidárias;
- Construir uma agenda permanente da JPT com o GT de Programa de Governo do partido, de modo a acompanhar o desenvolvimento do programa, estando sempre sintonizado com os principais eixos e pontos norteadores deste e incluir a juventude, com eixo próprio, neste programa.
2010 é um ano propício para intensificar a construção de 30 anos do Partido dos Trabalhadores. Só uma organização militante, um programa transformador e muito otimismo na ação vão permitir à JPT sair desta disputa melhor do que entrou e acumular forças para seguir avançando muito mais.

INFORMATIVO ALVINOPOLITANO

Construindo a Cidadania

Distribuição Gratuita, 13 de Março de 2011, Alvinópolis (MG), Edição nº 1
Email: jucirleieconomia@yahoo.com.br e pt.alvinópolis.mg@gmail.com


Conselho Editorial: Jucirlei A. Martins Nazário, Wesley Mervile Silva, Cristiano M. Nascimento, Maurício D. Calsavara, Euzébio Di Verselis Condé, Wilson Gonzaga e Guilherme Andrade.
Diretório do Partido dos Trabalhadores de Alvinópolis: Presidente -Jucirlei A. Martins Nazário, Vice Presidente -Solange Ap. S. Ferreira, Tesoureiro -Adriano J. Pena, Secretário de Organização -Elias Batista da Silva, Secretário de Formação -Sebastião H. Tavares, Cristiano M. do Nascimento, Wellington H. Martins, Marcelo Alvernaz Perdigão, Natalino Nascimento Silva, Maurílio B. Batista, Tatiana Peixoto M. Afonso, Ângela P. Martins Batista, Maria da Conceição Barcellos Linhares, Antônio do Rosário Souza, Marco Antônio R. Veiga e Judite Cota.
Vice Prefeito: Sergio Augusto Gomes (PT). Secretário de Desenvolvimento: Marcos J. Ferreira (PT).


Editorial

Formação Política

A formação política é de suma importância, uma vez que ela nos proporciona transformar o indivíduo em cidadão. Capacitando e habilitando-o à prática do trabalho pelo bem comum, envolvendo outros indivíduos a participarem ativamente da vida pública, do bairro, do clube, da associação, do sindicato, dos partidos políticos, do município e do país. Contribuindo para construção de uma consciência coletiva e de uma sociedade mais justa. Sabendo-se que à medida que não somos capazes de cuidar de nossos próprios interesses, ficaremos enquanto povo fadados à dependência e à submissão política e econômica.


Alvinópolis implanta Feira dos Agricultores Familiares e Artesãos do Município

Com o objetivo de promover o desenvolvimento da agricultura familiar de Alvinópolis, seu comércio e o bem estar social de todos a Prefeitura Municipal de Alvinópolis através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, sob a coordenação do Secretário de Desenvolvimento Marcos J. Ferreira do Partido dos Trabalhadores e do Chefe de Desenvolvimento Rural Jucirlei Nazário do Partido dos Trabalhadores, juntamente com os agricultores, artesãos e entidades sociais implantam no município de Alvinópolis a feira de artesanato e produtos agrícolas e alimentícios que representa um instrumento fortíssimo de desenvolvimento local. Sua implantação só foi possível graças ao recurso liberado pelo esforço do então Deputado Estadual Carlos Gomes do Partido dos Trabalhadores, intermediado pelo então Vice Prefeito Sergio Augusto do Partido dos Trabalhadores, recursos de R$ 30.000,00 com contrapartida de R$ 3.100,00 da Prefeitura Municipal de Alvinópolis que garantiu a aquisição de 20 barracas e 10 computadores para Inclusão Digital para atender os agricultores familiares e artesãos do município. A feira iniciará no dia 2 de abril de 2011 e quem estiver interessado pode procurar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento localizada no Parque de Exposições Monsenhor Rafael, procurando Marcos J. Ferreira (PT) e Jucirlei Nazário (PT).


Lula se despede do governo com maior aprovação popular do mundo

Com a chegada do ano novo e o novo governo de Dilma Russeff do Partido dos Trabalhadores, conclui-se oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva também do Partido dos Trabalhadores, o 35º Presidente Brasiliano. Lula encerra oito anos de governo com 87% de aprovação, a maior do mundo, à frente até da ex-presidente chilena
Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vasquéz, que teve 80% ao final do mandato. Lula ganha destaque mesmo quando comparado com líderes mundiais históricos, entre os quais o 1º Presidente Negro da África do Sul, Nelson Mandela (82% de aprovação), o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (66%), e o general francês Charles De Goulle (55%). Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos. A aprovação da era Lula é claramente observada também no otimismo do brasiliano em relação à melhora na economia. E ainda, de acordo com pesquisa feita pelo Data Folha, expectativas em relação ao poder de compra atingiram os melhores índices desde o inicio da gestão de Lula e superam os observados ao final do governo de FHC. Dos Brasilianos ouvidos na pesquisa, 46% acreditam que seu poder de compra vai aumentar. Há oito anos, eram 36%.


Telecentro Digital

O Governo Federal do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) têm contribuído muito para o desenvolvimento do município de Alvinópolis com a implantação de vários projetos e programas, um deles é os TELECENTROS DIGITAIS instalados na Sede do município, localizado na Biblioteca Pública Municipal ao lado do Banco do Brasil e o outro Telecentro instalado no Distrito de Fonseca, estes Telecentros oferecem 10 computadores com INTERNET GRATUITA para cada um deles, para que toda a população possa usufruir do uso da informática e realizar trabalhos de estudos e pesquisas sem ter que pagar nada.

Apoio à Saúde e à Cultura

Através do então Deputado Estadual João Carlos Siqueira do Partido dos Trabalhadores (PT) foi conquistado
verbas que garantiram a aquisição de vários equipamentos para uso do Hospital Nossa Senhora de Lourdes da Sociedade São Vicente de Paulo. Hospital que têm prestado serviço com grande responsabilidade no atendimento médico de urgência e emergência em nosso município. E na área de apoio à Cultura, através do trabalho do Vice Prefeito Sergio Augusto do PT junto à PETROBRAS, foi possível trazer para Alvinópolis o Projeto Cine Clube Cultural à Praça São Sebastião e com ajuda de alguns voluntários foi possível também a realização de algumas sessões infantis na Creche Irmã Helena.


Projeto Clarear em Alvinópolis

O Projeto Clarear é semelhante ao Programa Luz para Todos do Governo Federal do Presidente Lula (PT) e da Presidente Dilma (PT) que tem por objetivo levar iluminação a localidades urbanas que não têm fornecimento de energia elétrica sem a necessidade dos moradores terem que pagar taxa para sua instalação. Em Alvinópolis este projeto foi implantado no bairro Dr. Mário França, através de um requerimento feito pelo então Vice
Prefeito Sergio Augusto do Partido dos Trabalhadores (PT). Projeto como este poderá também poderá ser implantado pela Prefeitura em outras localidades urbanas que estão necessitando de abastecimento em energia elétrica. Para mais informações o cidadão pode procurar a Secretária Municipal de Desenvolvimento localizada no Parque de Exposições.


Artigo de Opinião

Banco de Crédito Cooperativo para o Desenvolvimento Local

Jucirlei Antônio Martins Nazário - Economista da SEMPRE - Soluções Empresariais e Projetos

Ano de 1974, ano este que registrou um acontecimento muito importante para a promoção e fortalecimento da
organização social de vários trabalhadores, fato marcado quando um brilhante economista de Bangladesh, o prof. Mohammad Yunus, levou vários de seus alunos a uma aldeia carente economicamente. Por aquela localidade encontraram e conversaram com uma mulher que se viu numa situação de ter que adquirir emprestado uma certa quantia para financiar sua pequena produção de tamboretes de bambu, tendo que em certo tempo reembolsar o emprestador a taxas de 10% por semana, percebendo assim que restava-lhe somente um centavo de lucro. Entretanto, caso ele tivesse emprestado a taxas mais vantajosas e reais, ela teria acumulado alguma quantia que a daria condições de sair do seu estado de subsistência.
Analisando tal situação presenciada, a qual não se colocava em consonância com as teorias econômicas e sociais que estava ensinando aos seus alunos, Muhammad Yunus financiou com seu próprio capital o equivalente a 17 libras a 42 artesãos estimulando assim o impulso pessoal e o empreendimento que viria necessariamente fazer com que tais trabalhadores saíssem da pobreza em que se encontraram.
Neste sentido, contradizendo o conselho de bancos e de certos círculos governamentais, o professor Yunus manteve o seu propósito, continuando a distribuição de micro créditos objetivando fomentar o sistema de relações econômicas entre indivíduos de baixo poder aquisitivo. Levando-o futuramente, em 1983, a fundar o Grameen Bank sob os princípios fundamentais de confiança e solidariedade mútua. Neste sentido, o Grameen Bank chegou atualmente com aproximadamente mais de 7 milhões de clientes-proprietários, apresentando-se como a maior cooperativa do mundo e que conseguiu garantir a redução da pobreza de todos os seus cooperados, o que veio garantir no ano de 2006 o Prêmio Nobel da Paz. Para tanto, de degraus em degraus ou caminhando a passos modestos, este movimento chamado Cooperativismo de Crédito e mais conhecido em nossa região através do trabalho da CREDIMEPI (Cooperativa de Crédito do Médio Piracicaba) e seguido pelos princípios da economia solidária com principio básico de auto-gestão, vem ganhando espaço em todo o mundo, contribuindo fortemente para o desenvolvimento regional e para redução da desigualdade social em vários locais e países, conquistado adeptos em todo o mundo, tornado assim a possível e concreta construção de um mundo e sociedade mais justa e solidária, pois este caminho caracteriza-se por ser o melhor instrumento de inclusão social e de fortalecimento de várias praticas da democracia.


Programa Minha Casa Minha Vida Rural

A Prefeitura Municipal de Alvinópolis começa implantar o Programa Minha Casa Minha Vida Rural do Governo Federal do então Presidente Lula do PT e continuado pela presidente Dilma Russeff do PT com objetivo de construir moradias na zona rural para população com dificuldades em ter sua Casa Própria. Projeto como este já está em fase final de implantação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Alvinópolis (SINTRAF), denominado de Caprichando a Moradia, que tem como Presidente o Sr. Flavio Parente do PT, em parceria com a Associação do Bairro Manoel Puig e Prefeitura Municipal. Este é um programa cujos recursos são da Caixa Econômica Federal e o agricultor familiar não precisa pagar por ele. Para obter mais informações procure o Secretário Municipal de Desenvolvimento Marcos J. Ferreira (PT) e o Chefe de Desenvolvimento Rural Jucirlei Nazário (PT) na Secretária de Desenvolvimento no Parque de Exposições.


Nota de Agradecimento do Partido dos Trabalhadores de Alvinópolis

O PT agradece a população alvinopolitana pela confiança em nossos candidatos em 2010 e pelos 1114 votos depositados em nossos Deputados Federais Reginaldo Lopes, Padre João Carlos etc. e pelos 944 votos aos Estaduais Carlos Gomes, Amarildo, Caio Magalhães, Durval Ângelo, Marco Túlio e outros, ao Fernando Pimentel e os importantes 6868 votos à Presidente Dilma Russeff (PT), equivalendo a 75,76%, colocando a mulher no cargo de Presidente do Brasil.


Nova Equipe Ministerial com a Cara da Primeira Mulher Presidente

Com a posse da primeira mulher presidente do Brasil no primeiro dia do ano, foram empossados também os novos ministros . E na escolha dos nomes, é possível notar a marca da primeira mulher presidente do Brasil. A área econômica tem 8 ministérios, a área social 7, a área de infra-estrutura 6 e a área de governo 4, além das
secretárias e demais órgãos com status de ministérios. Dos 37 auxiliares escolhidos, 17 são filiados ao PT, seis ao PMDB e 2 ao PSB. O PP, PDT, PR e PC do B ficaram com um ministério cada. A presidente Dilma Russeff não criou nenhuma nova pasta. Manteve a configuração do governo anterior. A novidade é a participação das mulheres no primeiro escalão:
são 9 ministras, que representam 25% do novo ministério. Entre elas está Miriam Belchior, que foi gerente do PAC no governo Lula e agora é a titular do Planejamento. Da área artística, veio a ministra da Cultura, Ana de Holanda, cantora, atriz e irmã de Chico Buarque. Mas de certo a expectativa das brasileiras estarão voltadas para Iriny Lopes, que apesar de ter sido reeleita para o terceiro mandato consecutivo de deputada federal, deixou o Congresso Nacional para assumir a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
Assim portanto, conheça os novos Ministros da equipe de Dilma Russeff do PT: Guido Mantega da Fazenda,
Fernando Hadad da Educação, Fernando Pimentel do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Paulo Bernardo das Comunicações, Miriam Belchior do Planejamento Orçamento e Gestão, José Eduardo Cardoso da Justiça, Aloizio Mercadante da Ciência e Tecnologia, Alexandre Tombini do Banco Central, Jorge Hage Sobrinho da Controladoria Geral, Antônio Palloci Chefe da Casa Civil da Presidência, Gilberto Carvalho Secretário-Geral da Presidência, Tereza Campello do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Maria do Rosário da Secretaria de Direitos Humanos, Iriny Lopes Secretaria de Políticas para as Mulheres, Luiza Helena de Barros da Igualdade Racial, Ideli Salvati da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio de Oliveira das Relações Institucionais, Luis Inácio L. Adans da Advogacia-Geral, Alexandre Padilha da Saúde, Nelson Jobim para Defesa, José Elito Carvalho da Secretaria Institucional, Moreira Franco da Secretária de Assuntos Estratégicos, Anna Maria Buarque da Cultura, Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social, Antônio Patriota das Relações Exteriores, Orlando Silva Jr. do Esporte, Carlos Lupi do Trabalho e Emprego, Izabella Teixeira do Meio Ambiente, Wagner Gonçalves Rossi da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Afonso Bandeira Florence do Desenvolvimento Agrário, Fernando Bezerra Coelho da Integração Nacional, Pedro Novais Lima do Turismo, Alfredo Nascimento dos Transportes, Mário Negromonte das Cidades, Edson Lobão de Minas e Energia, José Leônidas Cristino da Secretaria de Portos e Garibalde Alves da Previdência Social.