terça-feira, 30 de agosto de 2011

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

MÊS DE JULHO 2011

Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções em Projetos & Estudos
Chefe de Desenvolvimento Rural da PMA e Gestor do DRS Banco do Brasil
Marcos José Ferreira – Economista – Secretário de Desenvolvimento da PMA


Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin (CBA/Alvin
Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de julho de 2011, o custo médio da CBA Alvin registrou em R$ 402,00, registrando queda de -1,97% em relação ao mês anterior e a quarta queda consecutiva. Entre os seis estabelecimentos pesquisados, foram registrados os seguintes custos, R$ 408,41, R$ 400,85, R$ 402,61, R$ 403,37, R$ 408,95 e R$ 387,84, que variaram em 1,59%, -0,29%, 0,15%, 0,34%, 1,73% e -3,52% em relação ao custo médio da CBA Alvin (R$ 402,00). Necessitando portanto por parte do consumidor, pesquisar antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos.
Entre os seis estabelecimentos, os grupos Alimentares registraram os seguintes custos, R$ 353,31, R$ 351,25, R$ 352,97, R$ 347,00, R$ 360,83 e R$ 338,29, apresentaram variação de 0,77%, 0,18%, 0,67%, -1,03%, 2,91% e -3,51% em relação ao seu custo médio (R$ 350,61) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 68,34, R$, 70,43, R$ 63,93, R$ 78,72, R$ 73,25 e R$ 64,25, registraram variação de -2,12%, 0,88%, -8,44%, 12,75%, 4,90% e -7,97% em relação ao seu custo médio (R$ 69,82) respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 163,32, R$ 157,68, R$ 163,78, R$ 142,13, R$ 160,18 e R$ 149,81 registraram variação de 4,59%, 0,98%, 4,89%, -8,98%, 2,58% e -4,06% em relação ao seu custo médio (R$ 156,15) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 121,65, R$ 123,13, R$ 125,26, R$ 126,15, R$ 127,40 e R$ 124,23, registraram variação de -2,40%, -1,21%, 0,50%, 1,21%, 2,22% e -0,33% em relação ao seu custo médio (R$ 124,64) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 32,40, R$ 28,82, R$ 29,58, R$ 33,99, R$ 27,76 e R$ 27,19, apresentaram variação de 8,16%, -3,79%, -1,26%, 13,46%, -7,33% e -9,24% em relação ao seu custo médio (R$ 29,96) respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 22,70, R$ 20,78, R$ 20,06, R$ 22,38, R$ 20,36 e R$ 22,36, apresentaram variação de 5,88%, -3,08%, -6,44, 4,38%, -5,04% e 4,29% em relação ao seu custo médio (R$ 21,44) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresentou grandes variações foi mesmo o de produtos em In natura, isto pode ocorrer pelo fato de estarem sujeitos a mudanças climáticas e a mudanças de estações, dificuldades para estocagem em período de alta produção, ser produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização e consumo dos produtos.
No mês de julho de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 80,17% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 402,00, restando lhe apenas R$ 99,40 para o pagamento de suas outras despesas básicas, necessitando de uma maior complementação de renda.
Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho relativo de seu poder de compra. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de julho de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%, enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 32,11%. Observa-se que em abril de 2005, custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 402,00) de julho de 2011 registrou valor -19,82% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40). Registra-se ainda, que durante os meses de abril, maio, junho e julho de 2011, quando os custos da CBA Alvin estavam em R$ 421,07, R$ 415,57, R$ 410,08 e R$ 402,00, este diferencial registrou-se em -16,02%, -17,12%, -18,21% e -19,82% abaixo do salário mínimo respectivamente, demonstrando assim um relativo aumento de poder de compra do salário mínimo liquido recebido pelo trabalhador alvinopolitano.
*Valor após dedução de 8% da Previdência Social sobre o Salário mínimo.

Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).
No mês de maio de 2011foram registrados os seguintes preços do leite In natura pago ao produtor pelos Laticínios Itambé (R$ 0,75 preço mínimo e R$ 0,95 preço com inclusão do preço por parâmetro de qualidade), Porto Alegre (R$ 0,76) e Chapada (R$ 0,88), variando em 7,14%, 11,76%, 8,57% e 14,29% respectivamente quando comparados com anterior. O preço pago ao produtor pela Itambé, por melhoramentos na qualidade do leite, registrou em R$ 0,17, permanecendo estável em relação ao anterior, entretanto, não foi possível fazer a analise dos meses de junho e julho por algumas dificuldades, mas sempre que possível estaremos apresentando estes preços.
No mês de julho o preço do carvão vegetal produzido por reflorestamento vendido para as Siderúrgicas tem permanecido relativamente estável quando comparado com mês anterior, registrando um valor médio de R$ 112,50 o metro cúbico, enquanto que durante o mês de junho seu preço médio ficou em R$ 117,50, registrando uma queda de -4,26%, lembrando que estes preços são determinados pelas principais indústrias siderúrgicas da região do Médio Piracicaba e que em outras regiões estes preços sofrem outras variações . O preço da madeira em In natura para queima registrou-se relativamente estável, em torno de R$ 40,00 o metro estério e o preço médio do Eucalipto tratado e vendido para uso em fabricação e manutenção de cercas, registrou-se preço médio de R$ 5,70.
Já os preços dos principais insumos agrícolas vendidos ao produtor rural registraram as seguintes variações que merecem destaque: Cloreto de potássio, que registrou aumento de 20,61% e o preço do milho e farelo de soja que registraram quedas de -10,08% e -8,89% respectivamente.
Portanto, merece sempre lembrar que é de grande importância para o produtor buscar sempre meios para qualificação profissional e com isso elevar o nível de agregação de valor aos seus produtos. Possibilitando-o melhorar a qualidade de seus produtos, controlar sua produção e equilibrar melhor os preços de seus produtos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dilma Vana Rousseff


Nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. É filha do imigrante búlgaro Pétar Russév (que mudou o nome para Pedro Rousseff quando emigrou para o Brasil) e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Friburgo (RJ). O casal teve três filhos: Igor, Dilma e Zana.

A filha do meio iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa Senhora de Sion, de classe média alta, e cursou o Ensino Médio no Colégio Estadual Central, centro da efervescência estudantil da capital mineira.

Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações de esquerda clandestinas de combate ao regime militar, como a organização Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Às vésperas do golpe militar, em 1964, entra para faculdade de economia na Universidade Federal de Minas Gerais. Aos 19 anos, casa-se com o companheiro de militância Claudio Galeno Linhares, união que terminou pouco depois devido à distância imposta pelas atividades políticas.

Em 1969, conhece o advogado e militante gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. Casam-se e juntos sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos presa, entre 1970 e 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista. Lá, é torturada por agentes da Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente, do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Livre da prisão, muda-se para Porto Alegre em 1973. Retoma os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul após fazer novo vestibular, já que a Universidade Federal de Minas Gerais havia jubilado e anulado os créditos de alunos que militaram em organizações de esquerda. Nessa mesma época, Carlos Araújo é libertado e retoma a advocacia.

Em 1975, Dilma começa a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte dá à luz a filha do casal, Paula Rousseff Araújo.

Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de abertura política comandada pelos militares ainda no poder. Com o marido, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Rio Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito da capital gaúcha, Alceu Collares, escolhe Dilma para ocupar o cargo de Secretária da Fazenda.

Com a volta da democracia ao Brasil, Dilma, então diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto em 1989, ano da primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, Dilma vai às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

No início da década de 1990, retorna à Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul como presidente da instituição. Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, torna-se Secretária Estadual de Minas, Energia e Comunicação.

Em 1994, após 25 anos de casamento, Dilma e Carlos Araújo se divorciam. Em 1998, inicia o curso de doutorado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na campanha sucessória do governo gaúcho, não chega a defender sua tese. A aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma ocupa, mais uma vez, a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, filia-se ao PT.

O trabalho realizado no governo gaúcho chamou a atenção de Luiz Inácio Lula da Silva. O Rio Grande do Sul foi uma das poucas unidades da federação que não sofreram com o racionamento de energia a partir de 2001.

Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, torna-se ministra de Minas e Energia.

Entre 2003 e 2005, comanda uma profunda reformulação no setor com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Além disso, preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos.

Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o trabalho de todo ministério em 2005. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo (grupo que se reúne mensalmente para avaliar a liberação de recursos para obras).

Em abril de 2009, Dilma dá início ao tratamento de um câncer linfático, que é completamente eliminado em setembro do mesmo ano. A doença estava em estágio inicial e foi combatida com tratamento de quimioterapia.

Em março de 2010, Dilma e Lula lançam o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do programa. No dia 03 de abril do mesmo ano, Dilma deixa o Governo Federal para poder se candidatar à Presidência. No dia 13 de junho, o PT oficializa a candidatura da ex-ministra.

No segundo turno das eleições, realizado em 31 de outubro de 2010, aos 63 anos de idade, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher presidente da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de votos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

Mês de Maio de 2011
Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções Empresariais & Projetos e
Chefe de Desenvolvimento Rural Indústria e Comércio da Prefeitura M. de Alvinópolis
Marcos J. Ferreira – Economista Secretário de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis

Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin - CBA/Alvin

Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de maio de 2011, o custo médio da CBA Alvin foi de R$ 415,57, apresentando queda de -1,30% em relação ao mês anterior que foi de R$ 421,07. Registrando em 7 estabelecimentos os seguintes custos, R$ 421,70, R$ 417,96, R$ 408,98, R$ 435,26, R$ 403,51, R$ 424,35 e R$ 397,26, variando entre 1,47%, 0,57%, -1,59%, 4,74%, -2,90%, 2,11% e -4,41% em relação ao custo médio da CBA Alvin.
Entre os sete estabelecimentos, os grupos Alimentares que registraram os seguintes custos, R$ 364,35, R$ 369,20, R$ 357,62, R$ 381,27, R$ 356,17, R$ 368,76 e R$ 344,28, apresentaram variação de 0,35%, 1,68%, -1,51%, 5,01%, -1,91%, 1,56% e -5,18% em relação ao seu custo médio (R$ 363,09) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 74,06, R$, 70,34, R$ 66,85, R$ 79,13, R$ 67,25, R$ 86,79 e R$ 79,21, registraram variação de -0,99%, -5,97%, -10,64, 5,78%, -10,10%, -16,02% e 5,89% em relação ao seu custo médio (R$ 74,80), respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 162,52, R$ 175,42, R$ 168,18, R$ 176,18, R$ 169,98, R$ 154,45 e R$ 144,88, registraram variação de -1,21%, 6,63%, 2,23%, 7,09%, 3,32%, -6,12% e -11,94% em relação ao seu custo médio (R$ 164,52) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 127,77, R$ 123,44, R$ 122,59, R$ 125,96, R$ 118,94, R$ 127,52 e R$ 120,19, registraram variação de 3,23%, -0,27%, -0,96%, 1,77%, -3,90%, 3,03% e -2,89% em relação ao seu custo médio (R$ 123,77) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 35,70, R$ 28,56, R$ 31,66, R$ 32,71, R$ 27,76, R$ 33,47 e R$ 32,43, apresentaram variação de 12,42%, -10,06%, -0,30%, 3,01%, -12,58%, 5,40% e 2,12% em relação ao seu custo médio (R$ 31,76), respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 21,65, R$ 20,20, R$ 19,70, R$ 21,28, R$ 19,58, R$ 22,12 e R$ 20,55, apresentaram variação de 4,46%, -2,54%, -4,95, 2,67%, -5,53%, 6,73% e -0,85% em relação ao seu custo médio (R$ 20,73) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresenta grandes variações é o de produtos em In natura, isto pode ocorrer na maioria das vezes pelo fato de estarem sujeitos a fortes condições climáticas, serem produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização dos produtos.
No mês de maio de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 82,88% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 415,57, restando lhe apenas R$ 85,83 para o pagamento de suas outras despesas básicas. Necessitando de uma maior complementação de renda e pesquisar bem antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos. Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho de poder aquisitivo em relação ao salário mínimo liquido. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de maio de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%. Enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 38,37%. Observa-se também, que em abril de 2005 o custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 415,57) de maio de 2011 registrou valor 17,12% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40) e no mês de abril de 2011 ficou em 16,02% abaixo do salário mínimo liquido.


Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).
No mês de maio de 2011foram registrados os seguintes preços do leite In natura pago ao produtor pelos Laticínios Itambé, Porto Alegre e Chapada: R$ 0,75, R$ 0,95, R$ 0,76 e R$ 0,88, variando em 7,14%, 11,76%, 8,57% e 14,29% quando comparados com mês anterior. O preço pago ao produtor pela Itambé, por melhoramentos na qualidade do leite, registrou em R$ 0,17, permanecendo estável em relação ao mês anterior.
No mês de maio o preço do carvão vegetal produzido por reflorestamento vendido para as Siderúrgicas tem permanecido relativamente estável quando comparado com mês anterior, registrando um valor médio de R$ 115,00 o metro cúbico. O preço da madeira em In natura para queima registrou-se relativamente estável, em torno de R$ 40,00 e o preço médio do Eucalipto tratado e vendido para uso em fabricação e manutenção de cercas, registrou-se em torno de R$ 6,10, com aumento de 17,21% em relação ao mês anterior.
Já os preços dos principais insumos agrícolas vendidos ao produtor rural registraram pequenas variações, merecendo destaque o preço do Cloreto de potássio que registrou aumento de 20,61% e o preço do milho e farelo de soja que registraram quedas de -10,08% e -8,89% respectivamente.
Portanto, merece sempre lembrar que é de grande importância para o produtor a busca por qualificação e com isso elevar o nível de agregação de valor aos seus produtos. Possibilitando-o controlar e equilibrar melhor os preços de seus produtos.

ICA - INDICADORES CONJUNTURAIS ALVINOPOLITANO

MÊS DE ABRIL 2011
Jucirlei A. Martins Nazário – Economista - SEMPRE Soluções Empresariais & Projetos e
Chefe de Desenvolvimento Rural Indústria e Comércio da Prefeitura M. de Alvinópolis
Marcos J. Ferreira – Economista Secretário de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis

Evolução dos Custos da Cesta Básica Ampla Alvin (CBA/Alvin)


Sabendo da relevância do custo da cesta básica consumida por parcela significativa da população alvinopolitana e das mudanças nos hábitos de consumo em relação à renda recebida pelo trabalhador, faz-se necessário o seu levantamento e acompanhamento mensal, para que possamos analisar o quanto a população tem despendido de sua renda somente com produtos de primeira necessidade. Neste sentido, optamos pela análise da CBA Alvin que é composta por 45 produtos divididos entre grupos Alimentares (In Natura, Elaboração Primária e Industrializados), Limpeza doméstica e Higiene pessoal, agrupados segundo a estrutura de mercado, competitiva para Alimentos e concorrência monopolística para Limpeza Doméstica e Higiene pessoal, cuja estrutura é análoga a da Cesta Básica Ampla calculada pelo IPEAD-UFMG para Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
No mês de abril de 2011, o custo médio da CBA Alvin foi de R$ 421,07, registrando em cinco estabelecimentos os seguintes custos, R$ 418,97, R$ 420,58, R$ 422,04, R$ 436,06 e R$ 407,68, que variaram em -0,50%, -0,12%, 0,23%, 3,56% e -3,18% em relação ao custo médio da CBA Alvin.
Entre os cinco estabelecimentos, os grupos Alimentares que registraram os seguintes custos, R$ 364,29, R$ 371,92, R$ 371,10, R$ 382,47 e R$ 360,30, apresentaram variação de -1,55%, 0,51%, 0,29%, 3,37% e -2,63% em relação ao seu custo médio (R$ 370,02) respectivamente. Os subgrupos In natura cujos custos foram de R$ 73,43, R$, 81,28, R$ 81,11, R$ 86,95 e R$ 72,51, registraram variação de -7,12%, 2,81%, 2,60%, 9,99% e -8,28% em relação ao seu custo médio (R$ 79,06) respectivamente. Os subgrupos De Elaboração Primária que registraram custos de R$ 165,89, R$ 168,48, R$ 165,68, R$ 167,33 e R$ 162,48, registraram variação de -0,05%, 1,51%, -0,18%, 0,82% e -2,10% em relação ao seu custo médio (R$ 165,97) respectivamente. Já os subgrupos de Industrializados que apresentaram custos de R$ 124,97, R$ 122,16, R$ 124,31, R$ 128,19 e R$ 125,31, registraram variação de -0,01%, -2,26%, -054%, 2,56% e 0,26% em relação ao seu custo médio (R$ 124,99) respectivamente.
Os grupos de Limpeza Doméstica que registraram custos de R$ 30,21, R$ 28,18, R$ 31,34, R$ 32,31 e R$ 27,76, apresentaram variação de 0,85%, -6%, 4,62%, 7,86% e -7,33% em relação ao seu custo médio (R$ 29,96) respectivamente.
Os grupos de Higiene Pessoal que registraram custos de R$ 24,47, R$ 20,50, R$ 129,60, R$ 21,28 e R$ 19,62, apresentaram variação de 16%, -2,82%, -7,08, 0,88% e -6,99% em relação ao seu custo médio (R$ 21,09) respectivamente. Entretanto, o grupo que apresentou grandes variações foi mesmo o de produtos em In natura, isto pode ocorrer na maioria das vezes pelo fato de estarem sujeitos a fortes condições climáticas, serem produtos com baixo ou nenhum grau de agregação de valor e por serem altamente perecíveis. Isto nos mostra a grande necessidade de produzirmos e aumentarmos a produção dos alimentos que consumimos, buscando sempre agregarmos valor aos nossos produtos com melhores técnicas produtivas, desde a produção até a comercialização e consumo dos produtos.
No mês de abril de 2011, o trabalhador alvinopolitano que possuiu uma renda liquida mensal de R$ 501,40* teve que desembolsar 83,99% de sua renda mensal liquida para adquirir a CBA Alvin de R$ 421,07, restando lhe apenas R$ 80,33 para o pagamento de suas outras despesas básicas. Necessitando de uma maior complementação de renda e pesquisar bem antes de realizar a aquisição mensal de sua cesta básica, fazendo uma listagem comparativa dos preços entre vários estabelecimentos.
Comparativamente ao longo do tempo, o trabalhador alvinopolitano obteve um ganho de poder aquisitivo. Isto pode ser observado quando se compara o Salário mínimo liquido do mês de abril de 2011 (R$ 501,40) em relação ao do mês de abril de 2005 (R$ 239,20) registrando um crescimento de 109,61%. Enquanto o custo da CBA Alvin do mês de abril de 2005 (R$ 304,30) registrou crescimento de 38,37%. Observa-se também, que em abril de 2005, custo da CBA Alvin (R$ 304,30) registrava-se com valor 27,22% acima do Salário mínimo liquido (R$ 239,20), enquanto o custo da CBA Alvin (R$ 421,07) de abril de 2011 registrou valor 16,02% abaixo do Salário mínimo liquido (R$ 501,40).


Evolução dos Preços Médios do Leite e Derivados, Insumos Agrícolas e Produção de Origem Florestal

A atividade agropecuária e a de produção de origem florestal são duas atividades de grande importância econômica e social no desenvolvimento de Alvinópolis, pois são responsáveis pela produção do gado leiteiro e corte, produção de alimentos, produção florestal destinada significativamente a produção de carvão gerando vários postos de trabalho, arrecadação de tributos, tendo o trabalho familiar como principal modo organizacional de produção. Por isso, o acompanhamento de seus preços realizados pelo ICA e Secretária de Desenvolvimento da Prefeitura M. de Alvinópolis é de grande importância para que conheçamos com mais detalhes o comportamento dos agentes econômicos e sociais. Para que possamos desenvolver projetos e políticas públicas que aumentam a produtividade de tudo que estas atividades produzam e comercializam, proporcionando melhor qualidade de vida para os produtores e consumidores.
Estes produtos são os que envolvem um processo organizacional maior, grande volume de produção e comercialização, porém há outros produtos que poderão entrar neste processo futuramente. No caso da produção leiteira e do carvão vegetal, quanto maior é o nível de agregação de valor do produto, maior a rentabilidade, menores os riscos de perdas e variações de preços do mercado, como pode comparar a evolução dos preços do leite In natura, seus Derivados e carvão vegetal In natura. Pois, são mercados oligopolizados com existência de grandes Siderúrgicas e Laticínios com relativo poder de mercado, tornando-os capazes de influenciar o preço de oferta e demanda de seus insumos, já que é um mercado onde existem vários produtores menores desarticulados (Produtores Familiares) e poucos grandes consumidores (Siderúrgicas e Laticínios).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Projeto Barriga Cheia

O Projeto Barriga Cheia tem como objetivo a troca de lixo reciclável por alimentos para a população. O Projeto é uma iniciativa da Prefeitura Municipal e da Associação dos Agricultores Familiares de Guapé com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), integrado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - uma das ações do Fome Zero, do Governo Federal. A distribuição de alimentos atende creches, escolas e instituições filantrópicas de dez municípios da região com uma mobilização que ajuda a população a combater a fome, preservar o meio ambiente e diminuir a desigualdade social.
Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes, doces entre outros, pela horta comunitária do programa e também é servido o almoço que pode ser consumido com o vale.
Na horta do projeto são colhidos por mês cerca de vinte toneladas de verduras e legumes destinados ao programa. O volume de alimentos é tão grande que, além de Guapé, o Barriga Cheia atende outras dez cidades, com doações para asilos, creches, escolas e instituições filantrópicas.
O vale alimento virou moeda de troca na cidade. Farmácias, supermercados e outros estabelecimentos aceitam o benefício como se fosse dinheiro.
O projeto também oferece oportunidade de emprego na horta comunitária, com jornadas de trabalho de três dias por semana.
O projeto é uma referência de programa social e a cidade recebe visita de representantes e prefeitos de diversas cidades do estado para “importar” a idéia.

Reginaldo Lopes conhece “Barriga Cheia” em Guapé

O deputado federal Reginaldo Lopes esteve em Guapé no dia 8 de junho de 2009. O objetivo foi apresentar, a outras cidades, o programa social Barriga Cheia, implantado pela Prefeitura Municipal.
O projeto Barriga Cheia é uma parceria da Prefeitura de Guapé com a Associação dos Agricultores e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), integrado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - uma das ações do Fome Zero do Governo Federal. Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento, que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes e até doces produzidos pelos agricultores do município e pela horta comunitária do programa.
Na horta do projeto são colhidas, por mês, cerca de 20 toneladas de verduras e legumes destinados ao programa. O volume de alimentos está tão grande que, além de Guapé, o Barriga Cheia já está atendendo outras 10 cidades, com doações para asilos, creches, escolas e instituições filantrópicas.
Somente no ano passado, o Barriga Cheia recebeu recursos da ordem de R$ 2,5 milhões. O programa está ajudando a população a combater a fome, preservar o meio ambiente e diminuir a desigualdade social. Qualquer pessoa pode participar do projeto. João Francisco, mais conhecido em Guapé como “Goiabinha”, já tem no Barriga Cheia a principal fonte de sustento. “Todos os dias, pela manhã, saio para procurar o lixo. Eu encho o carrinho com garrafas plásticas, papelão, sucata; tudo é dinheiro. Dá para tirar 600 reais por mês. Hoje eu tenho casa e condição de viver”, conta.

Horta comunitária
O coordenador da horta, Jaime Denivaldo, explica que a horta comunitária abrange 10 hectares e a plantação gera emprego e alimento fresco para a população. “Aqui nós plantamos quatro mil mudas por semana. Nós colhemos e lavamos muito rápido para que os alimentos cheguem frescos. Sai caminhão daqui para muitos lugares, inclusive para Belo Horizonte. Tem muito trabalho. Por isso empregamos muita gente. Hoje todos estão sendo beneficiados. Desempregados, donas de casa, albergados, ex-presidiários, todos que precisam trabalham aqui”, exalta Jaime.
O projeto, também, oferece oportunidade de emprego na horta comunitária, com jornadas de trabalho de três dias por semana. “Eu ganho 25 reais, em vale, por dia de trabalho. Eu economizo e o melhor de tudo foi que ganhei um emprego. Foi ótimo esse projeto”, comemora a dona-de-casa Geni Bonifácio.

Agricultores
“A Conab doa o dinheiro e nós compramos tudo que se produz na roça e fazemos a doação. A Prefeitura ajuda com funcionários e o espaço”, explica o presidente da Associação dos Agricultores, João Paulo Soares Ribeiro.
Para o agricultor Daniel Alves de Oliveira, o projeto foi excelente para a classe. “Nós plantamos e vendemos direto para o Armazém Popular. Recebo cerca de R$ 2 mil por mês. Se todas as cidades tivessem esse programa, seria uma boa”, garante.

O exemplo
O projeto já é uma referência de programa social e toda semana Guapé recebe visita de representantes e prefeitos de diversas cidades do Estado querendo “importar” a ideia. “Nosso interesse é levar esta experiência e trazer outras pra cá. Temos visitas diárias de gente de todo o canto. Agora, como presidente da Alago, teremos mais acesso para levar e implantar na região”, afirmou o prefeito de Guapé, Nelson Alves.

O comércio
O vale alimento virou moeda de troca na cidade. Farmácias, supermercados e outros estabelecimentos aceitam o benefício como se fosse dinheiro. O projeto foi a melhor iniciativa que o comerciante Jorge Pio pôde presenciar nos últimos anos. “Nós trocamos lixo por alimento e com qualidade. Este programa tem que expandir. O Brasil todo tem que realizar este projeto”, comentou.
“Em Guapé, só passa fome e não tem trabalho quem quer. As pessoas trabalham na horta, trabalham recolhendo lixo. Adquirem vale e vão às lojas, às farmácias e trocam. Os comerciantes da cidade recebem o vale, porque eles preferem os alimentos do programa. O prefeito está de parabéns”, elogia a comerciante Clemilda Lima Soares.

Os moradores trocam lixo reciclável por vale-alimento, que pode ser utilizado no Armazém Municipal de Guapé para compra de arroz, feijão, carne, peixe, verduras, legumes

Várias pessoas fizeram questão de conhecer o projeto

A hora é agora!

Fortalecer a UNE, a juventude e o povo


Manifesto da Juventude do PT ao 51º Congresso da UNE AO 51º Congresso da UNE tem a tarefa de preparar a
UNE e o movimento estudantil (ME) para a luta por uma universidade popular e democrática, o
enfretamento à crise mundial do capitalismo e a disputa política e ideológica das eleições 2010.

Vivemos um momento decisivo para impedir qualquer possibilidade de retorno desastroso dos Demo-
Tucanos, representantes dos setores conservadores e monopolistas responsáveis pelo sucateamento da
universidade pública brasileira e por abrir as portas para exploração da educação no mercado. É preciso
lutar por um terceiro mandato para o PT e o campo democrático popular buscando aprofundar as
transformações em curso rumo à superação do neoliberalismo e do capitalismo para construir uma
sociedade socialista.

Se há dez anos atrás, durante o Governo FHC,fazíamos um movimento de resistência, hoje o Governo
Lula proporciona um cenário de possibilidades à Universidade Brasileira. Nos quatro primeiros anos do
Governo Lula, a população universitária brasileira saltou de 3,5 para 4,5 milhões, um aumento de 28%. O
ProUni, o Reuni, as cotas raciais e para estudantes oriundos de escolas públicas, o PDE, o plano nacional
de assistência estudantil e a Conferencia Nacional de Educação, mostram uma nova perspectiva de acesso a
educação.

Portanto, além da expansão, interiorização e aumento dos recursos para as universidades federais, é preciso
reforçar a contenção do avanço do setor privado, que precisa ser fortemente regulado pelo Estado, fortalecendo
as iniciativas que, no Congresso Nacional e no Conselho Nacional de Educação, seguem neste sentido.

Apesar de importantes avanços no ensino superior podemos dizer que muito ainda precisa ser transformado.
Precisamos entender a educação de forma sistêmica. Por isso a Conferência Nacional de Educação será um espaço
importante para pautarmos a necessidade de um sistema nacional de educação articulado e voltado aos interesses
populares.

Neste sentido, ainda que existam mudanças que podem alterar o perfil e as oportunidades de formação de jovens,
precisamos enfrentar a hegemonia do setor privado e da concepção mercantil de educação, voltada à formação de
mão de obra e à produção de conhecimento orientada às demandas de mercado.

Em um cenário em que o neoliberalismo é duramente questionado e encontra-se enfraquecido, é fundamental
concentrar esforços para desfazer o movimento que protagonizou ao longo da década de 1990 no Brasil. Ou
seja, o atual período exige transferir os setores que passaram a ser alvo da exploração visando a acumulação
de capital para espaços públicos que não obedeçam à lógica do mercado, sob a orientação e gestão do Estado.

Para isso precisaremos de uma UNE e um movimento estudantil fortes e mobilizados. Porém, embora ainda seja o movimento juvenil mais organizado
do país o ME está longe de ser a única expressão organizada da diversidade da juventude brasileira. Os anseios e aspirações dos próprios estudantes
extrapolam cada vez mais o meio universitário e a pauta educacional.

Temas como emprego e trabalho ganham mais centralidade em um ambiente de altos índices de precarização e difícil entrada no mundo de trabalho. A
parcela da população jovem que trabalha ao mesmo tempo em que estuda seria muito superior aos atuais 17,7% dos jovens com 15 a 24, não fosse o alto
índice de evasão escolar devido à necessidade dos jovens de trabalhar para contribuir com a renda familiar.

Ademais, a tese equivocada de que o alto índice de desemprego entre os jovens é decorrente da falta de qualificação e não da baixa oferta de postos de
trabalho formal tem como conseqüência o aumento da corrida por diplomas e a procura dos bancos acadêmicos em busca de profissionalização expectativa
que geralmente é frustrada, uma vez que a graduação não é sinônimo lugar cativo no mercado de trabalho, muito menos de estabilidade financeira,
realização profissional ou ascensão social.

Somado à centralidade do trabalho no imaginário e na realidade dos jovens estudantes, é preciso notar que a composição da base social do movimento
estudantil tem sofrido alterações. Fatores como (a) a reserva de vagas para estudantes negros, oriundos das escolas públicas e de baixa renda, (b) o
Programa Universidade para Todos (ProUni), (c) a expansão dos setores público e privado em municípios e regiões distantes dos centros urbanos, (d) o
surgimento de nichos de mercado educacional voltados à população de baixa renda e (f) o aumento da oferta de cursos noturnos transformaram a cara do
estudante universitário, tornando-o mais popular e menos elitista e, portanto, mais impactado por fatores objetivos do lado de fora
dos muros universitários.

Contribuindo para que UNE cumpra seu papel histórico de acordo com a realidade atual da
juventude brasileira e para o aprofundamento das mudanças que acontecem em nosso país, o Partido
dos Trabalhadores acredita ser necessário um salto organizativo e mudanças profundas no conjunto
movimento estudantil e na UNE, em especial, tornando-a uma entidade cada vez mais democrática,
transparente, combativa e de lutas.

O PT no movimento estudantil se orienta pela construção de uma universidade popular e
democrática, pela defesa da UNE como entidade máxima de representação dos estudantes, motivo pelo
qual reprovamos o divisionismo e defendemos sua revitalização, pela democratização e aproximação da
UNE das salas de aulas, pelo fortalecimento das entidades e da rede do movimento estudantil, pela

articulação dos movimentos sociais com as entidades e organizações estudantis, pelo aprofundamento das
transformações em curso e pelo combate à crise internacional apresentando uma alternativa de esquerda
visando superar o neoliberalismo e o capitalismo.

Sabemos que se aproxima um momento decisivo para os rumos do país que exige forte pressão pelas reivindicações
históricas e atuais da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Cumprir com esta tarefa exige atuação coesa do
campo democrático e popular, o fortalecimento e a combatividade dos movimentos sociais e o enraizamento
do petismo em amplas parcelas da população, sobretudo entre os jovens.

Portanto, o PT e sua juventude irão incidir com intensidade na pauta política que orientará a ação dos
estudantes no próximo período, visando sair deste fórum mais fortalecidos e coesos do que nunca. Convocamos os
estudantes petistas, delegados e observadores ao 51º CONUNE, a construírem uma intervenção qualificada e
com unidade programática, fortalecendo a UNE, o movimento estudantileoPartido dos Trabalhadores!

Conheça mais em: www.jpt.org.brVem pra luta você também!