sexta-feira, 24 de junho de 2011

A hora é agora!

Fortalecer a UNE, a juventude e o povo


Manifesto da Juventude do PT ao 51º Congresso da UNE AO 51º Congresso da UNE tem a tarefa de preparar a
UNE e o movimento estudantil (ME) para a luta por uma universidade popular e democrática, o
enfretamento à crise mundial do capitalismo e a disputa política e ideológica das eleições 2010.

Vivemos um momento decisivo para impedir qualquer possibilidade de retorno desastroso dos Demo-
Tucanos, representantes dos setores conservadores e monopolistas responsáveis pelo sucateamento da
universidade pública brasileira e por abrir as portas para exploração da educação no mercado. É preciso
lutar por um terceiro mandato para o PT e o campo democrático popular buscando aprofundar as
transformações em curso rumo à superação do neoliberalismo e do capitalismo para construir uma
sociedade socialista.

Se há dez anos atrás, durante o Governo FHC,fazíamos um movimento de resistência, hoje o Governo
Lula proporciona um cenário de possibilidades à Universidade Brasileira. Nos quatro primeiros anos do
Governo Lula, a população universitária brasileira saltou de 3,5 para 4,5 milhões, um aumento de 28%. O
ProUni, o Reuni, as cotas raciais e para estudantes oriundos de escolas públicas, o PDE, o plano nacional
de assistência estudantil e a Conferencia Nacional de Educação, mostram uma nova perspectiva de acesso a
educação.

Portanto, além da expansão, interiorização e aumento dos recursos para as universidades federais, é preciso
reforçar a contenção do avanço do setor privado, que precisa ser fortemente regulado pelo Estado, fortalecendo
as iniciativas que, no Congresso Nacional e no Conselho Nacional de Educação, seguem neste sentido.

Apesar de importantes avanços no ensino superior podemos dizer que muito ainda precisa ser transformado.
Precisamos entender a educação de forma sistêmica. Por isso a Conferência Nacional de Educação será um espaço
importante para pautarmos a necessidade de um sistema nacional de educação articulado e voltado aos interesses
populares.

Neste sentido, ainda que existam mudanças que podem alterar o perfil e as oportunidades de formação de jovens,
precisamos enfrentar a hegemonia do setor privado e da concepção mercantil de educação, voltada à formação de
mão de obra e à produção de conhecimento orientada às demandas de mercado.

Em um cenário em que o neoliberalismo é duramente questionado e encontra-se enfraquecido, é fundamental
concentrar esforços para desfazer o movimento que protagonizou ao longo da década de 1990 no Brasil. Ou
seja, o atual período exige transferir os setores que passaram a ser alvo da exploração visando a acumulação
de capital para espaços públicos que não obedeçam à lógica do mercado, sob a orientação e gestão do Estado.

Para isso precisaremos de uma UNE e um movimento estudantil fortes e mobilizados. Porém, embora ainda seja o movimento juvenil mais organizado
do país o ME está longe de ser a única expressão organizada da diversidade da juventude brasileira. Os anseios e aspirações dos próprios estudantes
extrapolam cada vez mais o meio universitário e a pauta educacional.

Temas como emprego e trabalho ganham mais centralidade em um ambiente de altos índices de precarização e difícil entrada no mundo de trabalho. A
parcela da população jovem que trabalha ao mesmo tempo em que estuda seria muito superior aos atuais 17,7% dos jovens com 15 a 24, não fosse o alto
índice de evasão escolar devido à necessidade dos jovens de trabalhar para contribuir com a renda familiar.

Ademais, a tese equivocada de que o alto índice de desemprego entre os jovens é decorrente da falta de qualificação e não da baixa oferta de postos de
trabalho formal tem como conseqüência o aumento da corrida por diplomas e a procura dos bancos acadêmicos em busca de profissionalização expectativa
que geralmente é frustrada, uma vez que a graduação não é sinônimo lugar cativo no mercado de trabalho, muito menos de estabilidade financeira,
realização profissional ou ascensão social.

Somado à centralidade do trabalho no imaginário e na realidade dos jovens estudantes, é preciso notar que a composição da base social do movimento
estudantil tem sofrido alterações. Fatores como (a) a reserva de vagas para estudantes negros, oriundos das escolas públicas e de baixa renda, (b) o
Programa Universidade para Todos (ProUni), (c) a expansão dos setores público e privado em municípios e regiões distantes dos centros urbanos, (d) o
surgimento de nichos de mercado educacional voltados à população de baixa renda e (f) o aumento da oferta de cursos noturnos transformaram a cara do
estudante universitário, tornando-o mais popular e menos elitista e, portanto, mais impactado por fatores objetivos do lado de fora
dos muros universitários.

Contribuindo para que UNE cumpra seu papel histórico de acordo com a realidade atual da
juventude brasileira e para o aprofundamento das mudanças que acontecem em nosso país, o Partido
dos Trabalhadores acredita ser necessário um salto organizativo e mudanças profundas no conjunto
movimento estudantil e na UNE, em especial, tornando-a uma entidade cada vez mais democrática,
transparente, combativa e de lutas.

O PT no movimento estudantil se orienta pela construção de uma universidade popular e
democrática, pela defesa da UNE como entidade máxima de representação dos estudantes, motivo pelo
qual reprovamos o divisionismo e defendemos sua revitalização, pela democratização e aproximação da
UNE das salas de aulas, pelo fortalecimento das entidades e da rede do movimento estudantil, pela

articulação dos movimentos sociais com as entidades e organizações estudantis, pelo aprofundamento das
transformações em curso e pelo combate à crise internacional apresentando uma alternativa de esquerda
visando superar o neoliberalismo e o capitalismo.

Sabemos que se aproxima um momento decisivo para os rumos do país que exige forte pressão pelas reivindicações
históricas e atuais da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Cumprir com esta tarefa exige atuação coesa do
campo democrático e popular, o fortalecimento e a combatividade dos movimentos sociais e o enraizamento
do petismo em amplas parcelas da população, sobretudo entre os jovens.

Portanto, o PT e sua juventude irão incidir com intensidade na pauta política que orientará a ação dos
estudantes no próximo período, visando sair deste fórum mais fortalecidos e coesos do que nunca. Convocamos os
estudantes petistas, delegados e observadores ao 51º CONUNE, a construírem uma intervenção qualificada e
com unidade programática, fortalecendo a UNE, o movimento estudantileoPartido dos Trabalhadores!

Conheça mais em: www.jpt.org.brVem pra luta você também!

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